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Mulheres podem votar em Portugal há 50 anos. Parlamento tem sessão solene para celebrar

Uma sessão solene tem hoje lugar na Assembleia da República, marcando os 50 anos da “universalização do direito das mulheres ao voto” em Portugal.

A sessão foi proposta pelo Livre. Tem início pelas 10h00 e conta com intervenção do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e dos deputados dos nove partidos: PSD, PS, Chega, IL, BE, PCP, Livre, CDS e PAN.

Até quinta-feira à noite, apenas estavam confirmadas as presenças de secretários de Estado em representação do Governo, já que tem início uma reunião do Conselho de Ministros, nas instalações do Campus XXI, em Lisboa, à mesma hora.

No cerimonial divulgado à comunicação social não constam as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Está prevista, no entanto, a participação de antigos Presidentes da República, ex-presidentes da Assembleia da República, anteriores primeiros-ministros, do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e dos presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional.

O programa conta com a interpretação do Hino Nacional, pela Orquestra Ligeira do Exército.

PRIMEIRA MULHERA VOTAR ERA VIÚVA

Carolina Beatriz Ângelo votou nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, em 28 de maio de 1911, sendo a primeira mulher a fazê-lo em Portugal.

Para isso, aproveitou a lei que definia como votantes quem soubesse “ler e escrever” e fosse “chefe de família”.

Estando viúva e tendo formação de médica, reunia as condições. Só depois do 25 de abril de 1974 é que o voto se tornou universal a homens e mulheres.

A Constituição de 1976 diz que «têm direito de sufrágio todos os cidadãos maiores de dezoito anos», o que se mantêm até aos nossos dias.

ovilaverdense@gmail.com

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