O mês passado de fevereiro foi o mais quente a nível mundial desde que há registos, informou esta quinta-feira o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S).
A média global da temperatura do ar à superfície em fevereiro foi de 13,54°C, 0,81°C acima da média de fevereiro para o período de 1991 a 2020 e 0,12°C acima do anterior recorde de fevereiro mais quente, registado em 2016.
Desde junho de 2023 que todos os meses têm batido o recorde histórico mensal de temperatura.
Fevereiro foi 1,77°C mais quente do que a média estimada para o período de referência pré-industrial (1850-1900).
A temperatura média global dos últimos 12 meses é a mais elevada de que há registo, 0,68°C acima da média de 1991-2020 e 1,56°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
As temperaturas europeias em fevereiro foram 3,30°C superiores à média de fevereiro de 1991-2020.
Fora da Europa, as temperaturas estiveram acima da média no norte da Sibéria, no centro e noroeste da América do Norte, na maior parte da América do Sul, em África e no oeste da Austrália.
O fenómeno El Niño continuou a enfraquecer no Pacífico equatorial, mas as temperaturas globais do ar marítimo mantiveram-se invulgarmente elevadas.
A temperatura média global da superfície do mar para fevereiro foi de 21,06°C, a mais elevada para qualquer mês no conjunto de dados disponível e acima do anterior recorde de agosto de 2023.
Quanto à extensão do gelo do Ártico, esta foi 2% inferior à média em fevereiro, embora não tão baixa como nos anos mais recentes, particularmente em comparação com a extensão mínima registada em igual mês de 2018 (6% inferior à média).
No entanto, a extensão do gelo do Ártico em fevereiro está muito abaixo dos valores observados nas décadas de 1980 e 1990.
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