O Município e a Arquidiocese de Braga assinam em novembro a escritura pública de compra e venda, por 200 mil euros, do Bairro social do Picoto, o que possibilitará ao Município a sua requalificação com fundos europeus.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, adiantou a O Vilaverdense/O Amarense que o acordo entre as partes remonta a 2019, mas a sua concretização só agora é possível devido a problemas ligados ao registo dos terrenos: «é o único bairro social que ainda não foi objeto de reabilitação, dado que só é possível apresentar projetos aos fundos comunitários quando se é proprietário», explicou.
Atualmente, o complexo habitacional alberga 47 famílias, mas os edifícios estão muito degradados, sendo considerados «indignos» para acolher pessoas.
Em princípio – diz o autarca – a maioria das habitações será para requalificar, pelo que não existirá a necessidade de realojamento dos moradores, a não ser, eventualmente, durante o período das obras de construção.
O Bairro do Picoto foi construído em 1998, durante a gestão de Mesquita Machado, em terrenos pertencentes à Arquidiocese, representando um investimento camarário de 1,9 milhões de euros para 50 fogos habitacionais.
«A Câmara tinha construído um bairro social em terrenos que não lhe pertenciam. Tal deu origem a uma proposta de permuta com a Arquidiocese, dona dos terrenos, que passaria por a Câmara receber o terreno onde está o bairro e entregar o terreno onde existia um antigo campo de futebol», explicou o autarca, frisando que tal nunca aconteceu.