Tendo em conta os «constrangimentos e condicionamentos impostos às populações decorrentes do encerramento das Unidades de Saúde de Apúlia, Belinho e Forjães», o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, agendou uma reunião e visita a algumas daquelas unidades, acompanhado pelo director do Agrupamento de Centros de Saúde do Cávado III Barcelos/Esposende (ACES), Fernando Ferreira.
Tendo em conta os «constrangimentos e condicionamentos impostos às populações decorrentes do encerramento das Unidades de Saúde de Apúlia, Belinho e Forjães», o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, agendou uma reunião com visita a algumas daquelas unidades, acompanhado pelo director do Agrupamento de Centros de Saúde do Cávado III Barcelos/Esposende (ACES), Fernando Ferreira.
«Sendo certo que a pandemia da COVID-19 ditou profundas alterações no funcionamento das unidades de saúde, o que representou a necessidade de implementação de várias medidas tendentes a resolver os problemas de segurança que se registam nos vários edifícios ainda encerrados, verifica-se, porém, que o atraso na reabertura, por razão das dificuldades da ARS Norte em promover tais alterações em tempo útil, tem vindo a gerar uma onda de protestos por parte da comunidade», pode ler-se em comunicado enviado pelo Município de Esposende.
Na mesma nota, o Município acrescenta ainda que aguarda, «até à data e serenamente, pela reabertura, no início de Agosto, tal como tinha ficado definido na reunião realizada a 8 de Julho, promovida pela Câmara Municipal, com a participação do director do ACES Cávado. O Município de Esposende solicitou mesmo, à ACES Cávado, a reabertura, ainda que condicionada, para atender os utentes».
«NOVAS NECESSIDADES QUE NADA TÊM A VER COM A SITUAÇÃO DA PANDEMIA»
Dado que não se procedeu à reabertura das unidades de saúde, o Município de Esposende realizou, esta segunda-feira, uma reunião, com o objectivo de «fazer um ponto da situação e tentar perceber quais as razões que, efetivamente, obstam à reabertura».
Na reunião, o Município de Esposende foi confrontado com «novas necessidades que nada têm a ver com a situação da pandemia provocada pela COVID-19, mas antes decorrentes do abandono e falta de manutenção que esses edifícios estatais registam», referem, acrescentando que mantém «total confiança nos responsáveis do ACES Cávado, mas não deixará de estar ao lado das populações, nomeadamente na adopção de outras medidas de reivindicação dos seus direitos se, no máximo, até final de Setembro, não se verificar a reabertura das unidades de saúde em questão».
O Município de Esposende sublinha ainda que «jamais aceitará que as unidades de saúde que estão encerradas sejam desativadas definitivamente, disponibilizando-se desde logo para preparar a transferência das valências de saúde para o Município, procedendo à intervenção nessas unidades de saúde, em moldes a definir posteriormente».
Assim, o Município de Esposende vai solicitar, com carácter de urgência, uma reunião com o director da Administração Regional de Saúde, ocasião em que também será abordado o problema associado aos recursos humanos, nomeadamente à falta de profissionais para o serviço nas unidades de saúde.
O Município de Esposende vai, ainda, convocar uma reunião com os presidentes de Junta, enquanto representantes das populações, no sentido de os esclarecer sobre este processo.