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“Não se governa nem se deixa governar”?

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Por Luís Sousa

Há nos confins da Ibéria um povo que não se governa nem se deixa governar”: A frase resume a forma como os Romanos viam os Lusitanos, a tribo que habitava a península, numa zona situada dentro do território que, atualmente, é Portugal. Nunca esta citação foi tão atual, considerando o momento político que estamos a experienciar.

Todos procuramos simplificar, dividindo o parlamento em duas partes, a esquerda e a direita, como se os partidos à esquerda ou à direita fossem todos iguais e coubessem num mesmo saco. Sendo certo que a esquerda aparenta uma maior capacidade de convergência, apesar de também termos partidos radicais nesse espectro político, à direita, as diferenças são mais evidentes, seja nas questões de conteúdo e programáticas, seja nas questões de forma.

A eleição “arrancada a ferros” de José Pedro Aguiar-Branco não augura nada de bom para a governabilidade dos próximos anos. Vivemos tempos politicamente conturbados com uma Assembleia da República transformada numa espécie de manta de retalhos, com partidos que parecem pouco predispostos a entendimentos na busca de um equilíbrio que dê a estabilidade que o país precisa. O que temos visto é um parlamento profundamente dividido, com partidos a disputarem a liderança da oposição, atentando mais ao seu próprio umbigo e alinhando mais o foco nas estratégias partidárias ao invés do interesse nacional.

O PS não apoiou, inicialmente, o nome proposto pela AD porque o nome tinha sido concertado à direita. O CH voltou atrás na palavra, retirando o apoio que tinha expressado no dia anterior. Quer um partido, quer outro, invocaram questões de forma e não de conteúdo para justificarem as suas posições. Nesta matéria, o deputado da IL, Carlos Guimarães Pinto, resumiu muito bem o que está em causa: “Há uma premissa absurda em toda esta discussão: a de que é necessário um qualquer acordo para que os deputados votem a favor de um candidato a Presidente da AR. Não é. Basta que os deputados considerem em consciência o candidato em causa digno de ocupar o cargo”.

Entretanto, recebemos a notícia que o vilaverdense José Manuel Fernandes será o novo ministro da Agricultura e Pescas. Reconhecemos-lhe competência e sabemos que é um político com provas dadas, quer como Presidente da Câmara do nosso concelho, quer como Eurodeputado, cargo que ocupa desde 2009 e onde se deu a conhecer mais profundamente ao país. Foi um dos deputados mais empenhados e dedicados às causas europeias. Colocou o Minho na Europa e trouxe a Europa ao Minho.

Tem sido um grande difusor do importante papel das instituições europeias, seja através dos livros da sua autoria que integram a coleção “Europa – Pela Nossa Terra”, seja através da sua presença assídua em conferências sobre UE ou através do recurso às redes sociais ou outros meios tecnológicos que permitem fazer chegar a mensagem a um cada vez mais vasto conjunto de pessoas. Revelou-se um dos deputados mais influentes no Parlamento Europeu. O cargo que vai ocupar assenta-lhe que nem uma luva até pela relação que esta pasta tem com o que é decidido em Bruxelas.

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