O Município de Vila Verde vai lançar um novo concurso para a recolha de resíduos sólidos urbanos para os próximos dez anos. O concurso tem uma base financeira superior a 11 milhões de euros, «uma fatura mensal de cerca de 92 500 euros», um aumento substancial da fatura justificado com «o alargamento de circuitos» e «o aumento da sua frequência, revela o vereador da tutela, Patrício Araújo, em declarações ao jornal ‘O Vilaverdense’.
O vereador assume que «muitas vezes, o serviço não é o mais eficaz», reconhecendo que a população «ainda se sente desconfortável com a quantidade de lixo nos contentores ou nas bermas das estradas».
Assim, o objetivo do novo concurso é «criar maior eficiência, para uma recolha atempada», de forma a que diminua o problema. «Há freguesias, por exemplo, onde só vamos duas vezes por semana e, agora, vamos passar três vezes», exemplifica o vereador. Assim, «zonas que não são contempladas pela recolha passarão a ser, sendo que também se vão realizar mais voltas semanais».
FATURA DE 92.500€/mês
O processo deverá estar pronto a ser analisado na próxima reunião da Assembleia Municipal. «Vamos levar à Assembleia Municipal a aprovação das peças procedimentais, quer do concurso propriamente dito, quer do novo caderno de encargos», informa. Esta decorre a dia 26 de abril, sexta-feira. Depois disso, o concurso abre «durante o mês de maio, em princípio».
O investimento ultrapassará «mais de uma dezena de milhões de euros ao longo dos 10 anos, o prazo estimado», revela o Vereador do Ambiente.
«A base financeira estará à volta dos 11 milhões e 154 mil euros, para ser mais exato, o que resulta numa fatura mensal de cerca de 92 500 euros», esclarece. Para já, o bolso dos vilaverdenses não será afetado. «Vamos manter as taxas», assegura.
No entanto, Dr. Patrício Araújo não deixa de advertir: «O que esperamos é não sermos obrigados (a aumentar as taxas)», diz. «Mas, para isso, é preciso que os vilaverdenses e as empresas colaborem connosco e que cada um faça a sua parte» na diminuição de volume de lixo.
«Isto porque, neste momento, 40% do lixo que vai para aterro, ainda é passível de reciclagem e 37% são bioresíduos».
Para o Vereador do Ambiente, «começando a reciclar mais, diminui-se a fração do lixo indiferenciado. E, além do concelho ficar mais limpo, as taxas mantêm-se».
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