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Obra do arquiteto António Sá Machado homenageia banhistas da ‘ponte filipina’

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A Vila de Prado homenageia os banhistas da ponte filipina, uma iniciativa levada a cabo pelo arquitecto pradense António Sá Machado.
Esta quinta-feira, 20 de julho, fez-se homenagem aos banhistas que antigamente, com bastante frequência, se atiravam de cima da ponte para as águas do rio Cávado.


Com uma obra de António Sá Machado, colocada sobre a base submersa de um dos pilares da ponte, homenageou-se os banhistas mais destemidos e aventureiros que mergulhavam no rio Cávado depois de se atirarem de cima da ponte filipina de Prado, considerada Monumento Nacional desde 1910. A peça representa uma figura feminina a mergulhar, «composta pela colagem de lâminas de granito recortadas com a forma dos membros de uma figura humana que, sobrepostas, ganham volume e de forma estilizada nos dão a imagem pretendida».

O autor relatou a inspiração e a escolha: «De todas estas memórias registo os mergulhos de uma rapariga. Era um corpo frágil, mas muito delicado que ao contrário dos rapazes se esmerava na forma como se posicionada para mergulhar. Sempre a uma cota baixa, mas com uma surpreendente elegância, que aqui, à distância de meio século esta peça pretende registar…», recordou António Sá Machado.

Familiares e amigos fizeram questão de marcar presença para felicitar o autor da obra.
A Junta de Freguesia da Vila de Prado (Albano Bastos e Higínio Castilho) e a Câmara Municipal de Vila Verde (Patrício Araújo) fizeram-se representar também.

A inspiração do autor

O relato saudosista do autor não deixa margem para a pertinência da escolha: «das muitas histórias que poderia contar sobre a minha terra natal a Vila de Prado, registo os Mergulhos no Rio. Os de cima da ponte – do pilar do tabuleiro e até de cima das grades. Sempre admirados e aplaudidos. Os mais tímidos, mas igualmente corajosos, vencendo a corrente, atravessavam a nado da margem até esse mesmo contraforte do segundo pilar do lado Norte e nos degraus dessa estrutura, mergulhavam dali igualmente com determinação para depois nadar até á margem. Corajosos».

De resto, António Sá Machado sublinhou que «a sua forma está fortemente conotada com a minha formação profissional de arquiteto, abordando o processo escultórico através do uso de planos e inspira-se na imagem atrás referida, na posição que a minha “memória” registou».
E foi mais longe: «Os planos definem silhuetas longitudinais de um corpo feminino que adicionadas definem o volume. A parte figurativa da obra é assumida pelo imaginário de cada um de nós, que assim completa o que na obra não se define. A menina a mergulhar». E rematou: «Registado este momento, continuamos a ter o “Rio de Prado” e a “Ponte de Prado”, carregados de muitas mais histórias para contar».

O autor

António Augusto Fernandes de Sá Machado (1960), natural e residente na Vila de Prado Santa Maria, freguesia do concelho de Vila Verde, distrito de Braga. Formado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade técnica de Lisboa (1981/1986). Para além da atividade profissional, usa parte do seu tempo livre experienciando diversas formas de expressão artística usando materiais diversos (tintas, cartões, madeira vidro e pedra) que se materializam genericamente em pinturas, representações tridimensionais (através de colagens), vitrais e esculturas. É casado e tem três filas. Nestas outras formas de expressão artística, assina como “toninho”.

ovilaverdense@gmail.com

Com Emílio Costa / Jornal ‘O Vilaverdense’

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