Sob o mote ‘Um novo Centro. Uma Nova Cidade’, arrancam na próxima dia 19, as obras de reabilitação do centro urbano de Famalicão. São mais de oito milhões de euros que a aplicar numa “cidade mais amiga das pessoas, do ambiente e do comércio de proximidade”.
Na página do Facebook da autarquia, Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal, afirma que a intervenção é “um dos maiores investimentos públicos de sempre na requalificação de um espaço público citadino famalicense”
A empreitada abrange todo o quarteirão urbano localizado entre as praças D. Maria II e Mouzinho de Albuquerque e ruas adjacentes, dotando-as de “mais e melhores zonas sociais e, simultaneamente, de mais espaços para peões e para os modos de transporte suaves.
Em linhas gerais, a intervenção permite a ampliação para norte e para sul, da praça D. Maria II, com a supressão ao trânsito automóvel dos dois topos, e a requalificação de todas as artérias envolventes que têm um perfil único de circulação partilhada, com prioridade para o peão. A praça Mouzinho de Albuquerque, correspondente ao antigo Campo da Feira, uma área muito degradada da cidade, é toda ela renovada com organização da área de estacionamento e valorização da margem ribeirinha do Rio Pelhe.
“Será um “um centro urbano mais atractivo, sustentável e acessível, com mais mobilidade, mais comércio, mais estacionamento, mais ambiente, mais segurança e mais vida”, refere Paulo Cunha.
“É uma profunda intervenção no coração da cidade que vai modernizar Famalicão, criando condições para que o comércio de proximidade funcione melhor, para que tenhamos mais mobilidade, para que a segurança faça parte do nosso quotidiano e acima de tudo para que se criem novas razões e melhores condições para que a nossa cidade seja mais desfrutada, não só pelos que aqui vivem e trabalham, mas também para que seja cativante para que muitos nos possam visitar”, sublinha.
Para o autarca a área intervencionada é “vital” para “os famalicenses que merecem uma obra desta dimensão”.
ESTACIONAMENTO
No imediato, a intervenção, comparticipada pelo do Norte 2020, obriga ao encerramento dos parques de estacionamento das praças D.ª Maria II e Mouzinho de Albuquerque e da Rua do Ferrador. Como alternativa, a população tem os parques de estacionamento gratuito do actual campo da feira (encerrado apenas às quartas-feiras) e dos parques, também gratuitos, localizados nas duas entras principais do Parque da Devesa (junto à Central de Camionagem e junto ao CITEVE). Para além destes, existe ainda a opção pelo parque de estacionamento pago situado junto aos Paços do Concelho.
O estacionamento passa a estar organizado e concentrado nos dois parques situados no centro, na praça D. Maria II, com 107 lugares de estacionamento tarifado, como actualmente, e Mouzinho de Albuquerque, com 184 lugares de estacionamento gratuito, mais quatro do que os existentes.
“As pessoas ganham espaço, os carros perdem terreno, mas permanecem e o estacionamento, em igual número ao existente”, assegura Paulo Cunha
QUALIDADE DE VIDA
Os efeitos esperados são a melhoria da qualidade de vida das populações residentes, uma maior atractividade da cidade, reforço da rede pedonal e ciclável complementada com o uso de transportes públicos, melhoria ambiental e qualificação dos espaços de utilização pública.
“É todo um novo paradigma urbano que vai ser potenciado no núcleo central de Vila Nova de Famalicão que permitirá a fruição do espaço público com uma qualidade de vida muito superior à existente”.
Trata-se, diz Paulo Cunha, de um “projecto de excelência” que permite construir naquela zona uma área “muito qualificada para o futuro do nosso concelho”, lembrando que a intervenção, inserida no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, foi tema de “uma ampla” participação pública, tendo o projecto final contado com o contributo dos famalicenses.
“É um projecto arrojado, que consideramos que vai de encontro àquilo que é a vontade dos famalicenses desde os comerciantes aos cidadãos, às pessoas que vivem na zona da cidade e a todos que a frequentam”, frisa.
A intervenção, com a duração de cerca de um ano, origina “inevitáveis constrangimentos e perturbações” no dia-a-dia, razão que leva o presidente da Câmara a pedir “a melhor tolerância dos famalicenses”.
“O sucesso desta intervenção depende desde logo da compreensão dos cidadãos, particularmente dos que vivem e trabalham na zona de influência da obra em execução. Mas todos estes transtornos e inconvenientes vão resultar num enorme ganho pelo retorno que a obra vai trazer ao concelho, muito particularmente à cidade de Famalicão”, diz Paulo Cunha.