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OM lança campanha sobre a violência contra os profissionais de saúde no Hospital de Braga

‘Respeito por quem protege’ é o mote que a iniciativa do Conselho Sub-Regional de Braga da Ordem dos Médicos (OM) e o Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho promovem esta quarta-feira no Hospital de Braga. Em 2019 foram agredidos dois profissionais de saúde por dia.

Em nota à imprensa, os organizadores afirmam que a violência contra profissionais de saúde no local de trabalho tem-se revelado um “problema generalizado e muito frequente, não só́ em Portugal, mas em todo o Mundo” e que “deve ser considerada uma disfunção grave do sistema de saúde e, como tal, combatida”.

O Serviço Nacional de Saúde é composto por cerca de 140 mil profissionais que, estima-se, produzem anualmente 60 milhões de interacções com os utentes do SNS. 

De acordo com os números avançados pela OM, só neste ano de pandemia foram registados 825 episódios no sistema de notificações de violência contra os profissionais de saúde. Em 2019 tinham sido registadas 950 denúncias, “ou seja, em ano de pandemia foram agredidos dois profissionais de saúde diariamente”.

“Mas existem muitas outras situações que não são denunciadas. E não são apenas médicos e enfermeiros os alvos da violência. O problema afecta também os assistentes técnicos, os assistentes operacionais, os técnicos de diagnóstico e terapêutica e os assistentes sociais”, refere ainda organização. 

AGRESSÕES FÍSICAS E VERBAIS

As formas de violência mais comuns são a agressão verbal, as injúrias e as ofensas que representam mais de 60% das denúncias. Seguem-se a violência física (13%), a violência patrimonial e “alguns casos de assédio”.

No mesmo dia em que a covid-19 chegou a Portugal, a 2 de Março de 2020, começou a funcionar o Gabinete de Segurança para a Prevenção e Combate à Violência contra os Profissionais de Saúde: “importa que cada episódio de violência seja abordado como um acontecimento de elevada importância, devendo ser analisado segundo uma metodologia previamente definida e que conduza a medidas que minimizem as consequências da violência e previnam episódios futuros, actuando sobre as causas”.

“Deve ser criado nas instituições de saúde um ambiente de erradicação do problema e de apoio e suporte às vítimas de violência. Assim, qualquer episódio de violência deve ser registado, ter uma avaliação aprofundada e levar à tomada das medidas consideradas necessárias”, defendem.

PROGRAMA

Focado na violência contra os profissionais de saúde que, nos últimos tempos, tem aumentado substancialmente, iniciativa começa logo de  manhã, com a distribuição por médicos e alunos de folhetos alusivos ao tema, de forma a sensibilizar as pessoas para este tipo de acontecimentos.

De tarde, com início as 15h00 na Escola de Medicina da Universidade do Minho, o programa é complementado com a conferência, que conta com três sessões temáticas: ‘Violência contra profissionais de Saúde em Portugal’, ‘Como agir perante uma situação de violência contra um profissional de saúde?’ e A perspectiva jurídica da violência contra os profissionais de saúde’.

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