Este sábado, quatro membros da oposição interna do Bloco de Esquerda demitiram-se da Comissão Política por consideraram que a recusa de «uma comissão de Inquérito para avaliação e apuramento de responsabilidades no processo de despedimento de funcionários» é a «gota de água que fez transbordar o copo».
Aos jornalistas, Mariana Mortágua desvalorizou a situação, referindo que os quatro membros – Elisa Antunes, Gabriela Mota Vieira, Pedro Soares e Ricardo Salabert – se mantêm na Mesa Nacional e que é antigo o «distanciamento político» desses elementos em relação à direção do BE.
Segundo a coordenadora nacional do partido, «essa decisão de saída não aconteceu por consequência da rejeição de uma Comissão de Inquérito” sobre os despedimentos no partido e foi anunciada “na reunião da própria Comissão Política que houve no início da semana».
«Não foi na sequência da votação nem da rejeição da comissão de inquérito. Esses camaradas anunciaram a sua decisão, aliás, na reunião da própria Comissão Política que houve no início da semana. E, portanto, não foi na sequência desta votação», explica Mariana Mortágua.
MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA
Os despedimentos no partido de trabalhadoras com filhos recém-nascidos estão agora a ser investigados pelo Ministério Público.
A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda (BE) decidiu mandatar a Comissão Política para elaborar uma proposta de revisão dos estatutos dos funcionários, após a polémica sobre despedimentos no partido.
Esta decisão foi anunciada pela coordenadora do BE, Mariana Mortágua, em conferência de imprensa, num hotel de Lisboa, no fim de uma reunião da Mesa Nacional, órgão máximo entre convenções.
A coordenadora do BE considerou que na reunião deste sábado foram prestados todos os esclarecimentos sobre este assunto.
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