O movimento ‘Os Mesmos Sempre a Pagar’ protestaram este sábado junto do Pingo Doce do centro de Guimarães contra a especulação e o aumento do custo de vida. “Há cada vez mais mês do que salário! Decretamos a antecipação do fim do mês!” foi o tópico.
O movimento queixa-se que “o Governo não faz nada para parar a especulação desenfreada” para inverter os aumentos dos preços, tornando todos os meses os nossos ordenados e pensões ficam mais pequenos”.
Afixação e regulação dos preços de todos os bens essenciais em particular dos bens alimentares, soluções para travar o aumento dos preços da habitação e que os dividendos das grandes empresas sejam, “neste momento de crise desviados das contas dos accionistas para um fundo de emergência nacional para responder ao aumento do custo de vida”, são algumas das reivindicações do ‘Os Mesmos Sempre a Pagar’.
Afirmando que “a crise não toca toda a gente da mesma maneira, estamos todos no mesmo mar, mas não vamos no mesmo barco”, o movimento aponta “os lucros da GALP, do Pingo Doce, Sonae, da EDP, dos Bancos…”.
“Estes aumentos selvagens que enfrentamos estão a ter efeitos nos preços dos alimentos e outros bens e serviços essenciais; e o Banco Central Europeu vai fazer a política do costume, aumentando as taxas de juro para salvaguardar o dinheiro dos ricos”, acusa o ‘Os Mesmos Sempre a Pagar’, referindo que “quem vai sofrer mais são aqueles que trabalham e que vão ter que pagar os empréstimos das casas a preços mais elevados”.
Os trabalhadores vão ter mais dias sem chegar o ordenado e os senhores do dinheiro vão fazer desta crise uma nova oportunidade para espremerem ainda mais quem trabalha.
As duas dezenas de participantes nos protestos sustentam que, “se é necessário pagar a crise, então que se comece pela contribuição daqueles que em todas as crises se enchem à custa da desgraça da maioria”.
O movimento apela “a todos os que sentem na pele o aumento do custo de vida que se unam para travar este processo de roubo que está em curso, que demonstrem a vossa indignação e exijam ao governo medidas concretas para impedir que, mais uma vez, haja quem se aproveite da crise”.