As castanhas a assar, o pão amassado coberto com presunto no forno, os garrafões de vinho abertos e a música popular a tocar. Os ingredientes estão prontos e começa o reviver das “tradições dos nossos avós». O largo do Centro Social de Cervães começa a encher com os populares que se quiseram associar a mais este evento integrado na iniciativa “Na Rota das Colheitas”. No interior há uma exposição temática sobre a olaria, o tema principal deste ano, depois do linho e do pão terem sido os protagonistas das duas edições anteriores. A grande dinamizadora da iniciativa é Maria Amélia Oliveira em conjunto com o Centro Social e Paroquial de Cervães e em colaboração com a Junta de Freguesia, associações locais e o centro escolar.
Num primeiro levantamento, Maria Amélia Oliveira identificou 15 casas de oleiros: «podem haver mais, mas este é um primeiro trabalho de identificação que fui fazendo. Esta iniciativa permite às crianças conhecerem um pouco das tradições das suas famílias, falarem e trabalharem na escola e em casa, e a toda a população a não se esquecer das suas raízes. A adesão tem sido muito boa, até porque esta é uma Freguesia muito rica em tradições». A organizadora lembra que «a promoção do património é fundamental porque ele é o sustentáculo da nossa cultura». No futuro, o trabalho de investigação que tem vindo a fazer vai ser transformado em livro.
O tema da próxima edição ainda está nos segredos dos Deuses. Até lá, a olaria assume a linha da frente. Amanhã há uma visita à exposição por parte das crianças do Centro Escolar e dos idosos do Centro Social e o trabalho ao vivo de um oleiro que terá oportunidade de explicar o seu trabalho.