A deputada Mariana Silva, do PEV, quer saber se o Governo tenciona tomar medidas para defender os direitos destes trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães que têm protestado contra a alegada repressão, assédio e falta de condições de trabalho.
A parlamentar de Os Verdes, pretende ainda saber da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, se está inteirada da situação em que se encontram os trabalhadores da Santa Casa vimaranenses e se houve alguma acção inspectiva da Autoridade ara as Condições de Trabalho face à situação.
Na nota ao PressMinho, Mariana Silva explica que as questões endereçadas ao Executivo, por Mariana Silva, através do parlamento, surgem na sequência da recente greve daqueles trabalhadores contra “a falta de condições de trabalho, que se têm degradado de forma particular desde o início da epidemia, e por aumentos salariais”.
“De acordo com as mesmas informações, estes trabalhadores, que já ganharam 100 euros acima do salário mínimo nacional, estão agora a receber esse valor, numa profunda desvalorização da sua massa salarial”, afirma a parlamentar, referindo que o que “estará o Acordo de Empresa, cuja negociação se arrasta há mais de dois anos sem que haja resposta da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães”.
“Os trabalhadores, realizaram uma greve na defesa dos seus direitos, mas a Administração da Santa Casa de Guimarães, em vez de se sentar à mesa das negociações, remeteu responsabilidades para a União das Misericórdias, que não é a entidade patronal destes trabalhadores, e acentuou a repressão, movendo processos disciplinares a mais de duas dezenas de trabalhadores”, historia a deputada do PEV.
Mariana Silva considera que é “urgente o aumento dos salários e das diuturnidades, a regulação dos horários de trabalho, o fim dos vínculos precários, a defesa da liberdade sindical dentro da instituição e o fim da repressão laboral que os tem fustigado”.
“Registe-se – acrescenta – que estes trabalhadores foram os que estiveram na chamada linha da frente durante a pandemia, tendo merecido, na altura, muitas palmas de todas as entidades”.
“Como prémio deste esforço, recebem repressão, assédio, chantagem e perseguição, numa atitude que Os Verdes, desde já repudiam”, remata na nota.