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PAN pede explicações ao Hospital de Famalicão sobre internamento de mulher em quarto ocupado por homens

A Concelhia de Famalicão do PAN questionou a administração do Centro Hospitalar Médio Ave (CHMA) sobre um alegado caso de “tratamento indevido” na prestação dos serviços médicos a uma paciente internada num quarto outros pacientes homens sem “garantida a privacidade e a segurança”.

De acordo com uma denúncia feita ao PAN, a paciente encontrava-se num quarto em isolamento, e, sem ser informada do seu diagnóstico, foi transferida, “sem qualquer aviso prévio”, para um quarto onde estariam mais dois pacientes do sexo masculino. A situação foi agravada pelo facto de, alegadamente, “a paciente ter sido gravemente perturbada por um outro paciente, motivando uma situação grave de stress e ansiedade”.

Deste incidente, salienta Sandra Pimenta, a porta-voz da Concelhia famalicense do Pessoas-Animais-Natureza, “resultaram danos nos bens essenciais da paciente, os quais não foram substituídos por falta de stock por parte do hospital, tendo sido os mesmos entregues por familiares”.

“Tanto quanto se sabe, logo após o ocorrido, os familiares terão solicitado esclarecimentos aos órgãos responsáveis do hospital de Famalicão. Contudo, sem sucesso”, acrescenta

Esta terça-feira, aquela responsável afirmou ao PressMinho ter solicitado esclarecimentos ao presidente do conselho administrativo do hospital, António Alberto Barbosa, “sobre os procedimentos que estão a ser adoptados para casos de pacientes internados ainda sem diagnóstico e de que forma é garantida a privacidade e a segurança dos mesmos”.

QUARTOS PARTILHADOS

A concelhia do PAN pretende também ver esclarecida “a alegada falta de bens essenciais e de que forma está a ser garantida a higiene dos utentes, nomeadamente na prevenção de transmissão de algum tipo de vírus”.

O PAN questionou ainda se se confirma “a prática de quartos partilhados e quais os motivos que levaram à decisão da não separação por género dos utentes internados”.

Por fim, a Concelhia quer obter esclarecimentos sobre que procedimentos foram assumidos desde 2020 pelo hospital por forma a dar resposta aos utentes não covid-19.

Reconhecendo o “todo o esforço e resiliência” dos profissionais na resposta ao contexto sanitário que vivemos, Sandra Pimenta afirma que importa, “igualmente, que qualquer utente seja tratado e respeitado em todo o processo de prestação de cuidados de saúde”.

“Atendendo, especialmente, às contingências impostas, o PAN considera que aos acompanhantes deve ser garantida, toda a informação sobre o estado actual de saúde da paciente e respectiva evolução clínica”, conclui Sandra Pimenta.

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