OPINIÃO -

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Para quando a variante a Vila Verde?

A variante à EN 101 e à EN 205 é talvez um dos maiores anseios pelos quais os Vilaverdenses mais pugnam na última década.

Já lá vão pelo menos duas décadas desde que se começou a falar, pela primeira vez, da necessidade de se construir uma variante à EN 101 no concelho de Vila Verde. Sendo este projeto uma necessidade premente, no concelho. A cada ano que passa vai-se tornando numa obra cada vez mais prioritária.

Diariamente, passam pela EN 101 mais de 20 000 veículos o que atesta a afluência que tem esta via que faz a ligação entre os concelhos de Braga, Vila Verde, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Monção.

É certo que não foi considerada, injustamente, como uma obra prioritária pelo anterior governo,  embora, tal exclusão não me motivou estranheza uma vez que, infelizmente, o foco do governo PSD/CDS era, na altura,  apenas e só, salvar o país da bancarrota para o qual tínhamos sido conduzidos pelo governo PS, de José Sócrates e António Costa, hoje, desavindos mas, na época, camaradas de governo.

Vila Verde tem conhecido, nos últimos anos, uma grande projeção em termos de desenvolvimento económico, sendo hoje um polo atrativo para a fixação de centenas de empresas ligadas aos mais diversos setores de atividade económica, como o têxtil, o setor da metalomecânica ou, até mesmo, em setores como o tecnológico. Esta projeção do concelho, que tem impulsionado o nosso desenvolvimento económico e permitido equilibrar e melhorar os números do desemprego no concelho, merece ser acompanhada pelo desenvolvimento de  outros setores como sejam a acessibilidade e a melhoria da mobilidade terrestre. Por isso, hoje, mais do que nunca, Vila Verde, carece desta via alternativa à EN 101, obra que permitira descongestionar o tráfego automóvel da área de acolhimento empresarial de Geme e eliminar os estrangulamentos que, infelizmente, diariamente, molestam os vilaverdenses e outros cidadãos dos concelhos circunvizinhos que necessitam de utilizar esta rodovia.

Protelar esta obra, significa permitir agravar os constrangimentos na mobilidade dos cidadãos, algo que se repercute negativamente na atividade económica do concelho.

Diga-se, em abono da verdade, que temos conhecido, nos últimos tempos, melhoramentos significativos na EN 101, de que são exemplos a rotunda da Loureira ou a construção de passeios para peões em determinadas áreas, nomeadamente entre esta freguesia e a entrada sul do concelho de Vila Verde. Estes melhoramentos são, sem dúvida, uma mais-valia para todos os automobilistas, habitantes locais e outros transeuntes que, diariamente, utilizam esta estrada, de carro ou a pé. Seguramente, foram obras que, a par das melhorias introduzidas nas estradas municipais, contribuíram para os ganhos verificados na sinistralidade rodoviária no concelho de Vila Verde.

É verdade que a variante à EN 101 está integrada no Plano Nacional de Investimentos (PNI), sendo identificada como uma obra que visa reduzir os tempos de percurso e reduzir o congestionamento, mas apenas lá para 2021-2030! Lamento, por um lado, que, no PNI não se faça referência à variante à EN 205, algo pelo qual a autarquia também tem pugnado, pois tal poderia ser uma possível via de articulação com a A3 que melhoraria a acessibilidade ao concelho e aos parques industriais. Mas mais lamento o horizonte temporal que está definido para a realização e concretização desta obra:  2021-2030?! Vamos mesmo ter de esperar mais uma década?!

Enfim, nós, por cá, vamos andando (e esperando), apesar dos apelos e a grande insistência da autarquia que tudo tem feito para que o governo “acorde” e reflita profundamente nesta enorme necessidade!

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