OPINIÃO

OPINIÃO -

Parentalidade Positiva

Por Cláudia Pereira
Membro designado da CPCJ

O que é parentalidade positiva? Esta é uma pergunta que frequentemente ouvimos, mas que tem suscitado algumas dúvidas.

A parentalidade positiva baseia-se no respeito recíproco entre pais e filhos, na construção de uma educação comunicativa. A parentalidade positiva tem como principal objetivo a firmeza e empatia, onde o interesse da criança é o fundamental neste processo.

Podemos dizer que é uma “filosofia” educativa, onde os pais olham para os seus filhos como sendo seres que necessitam de uma orientação e não para serem comandados, fazendo com que as crianças evoluam de forma equilibrada, ou seja, que haja firmeza e gentiliza, não havendo brutalidade nas atitudes.

Sendo assim, a parentalidade positiva deixa de lado os modelos educativos tradicionais, como o castigo e a punição, esta baseia-se na cooperação e no respeito mútuo. Pretende-se que a criança consiga adquirir as ferramentas necessárias para se desenvolver de forma positiva e construtiva.

A parentalidade positiva, ao ser implementada numa família, deve ser muito bem delineada, pois pode existir uma ambiguidade entre dois mundos, entre o autoritário e o permissivo. Tudo tem que ser bem avaliado, para não colocar em causa o interesse da criança, a sua personalidade e os seus sentimentos.

Um dos objetivos da parentalidade positiva é combater e prevenir os maus-tratos infantis, promovendo a segurança da criança. A violência é vista como um princípio que não educa, mas provoca medo.

O reforço positivo é o ponto inicial, para que a criança seja valorizada no seu todo, apostando na criação de uma relação interpessoal saudável e rica com os pais. A comunicação entre todos é fundamental, assim como o respeito mútuo. Quando os pais perdem o controlo da situação, as crianças podem ficar nervosas, levando a situações de conflito. O respeito entre todos é a base de toda a educação.

No entanto, na parentalidade positiva, ao contrário que muitos dizem, não tem nada a ver em deixar fazer tudo o que os filhos quiserem. O que se pretende é perceber o que as crianças querem, saber ouvi-las e ensiná-las a lidar com o que podem ou não  fazer. Em certos casos há a necessidade de impor limites, é essencial quando colocam em causa, o bem-estar da família. Logo é fundamental estruturar bem as regras para que assim tudo funcione corretamente.

Na parentalidade positiva, as emoções são fundamentais entre todos, os afetos são a base de todo o processo, dando à criança espaço para se expressar e manifestar.

Ao promoverem a parentalidade positiva na educação dos seus filhos, os pais estão a promover uma inteligência emocional, estão a criar pessoas saudáveis, felizes e seres completos, que sabem escutar os outros de forma altruísta.

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