O Partido Livre, em reunião online com o presidente adjunto da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Alexandre Gencer, manifestou a sua preocupação face «à falta de alojamento para os estudantes universitários e os elevados preços que estão a ser praticados na cidade de Braga».
Elementos do Grupo de Coordenação Local do Núcleo Territorial do LIVRE em Braga (NT Braga), Alfredo Oliveira e Teresa Mota, consideraram que «apesar deste ser um problema antigo», a situação terá «agravado neste ano lectivo», dado que o número de quartos disponíveis no mercado diminuiu relativamente ao ano passado e «os preços aumentaram significativamente».
«Para o LIVRE a situação é explicada pela crescente procura de habitação, uma vez que têm aumentado tanto o número de residentes na cidade de Braga como o de turistas. A estas circunstâncias, soma-se há muito a reconhecida escassez de residências universitárias», refere o partido, em nota enviada às redacções.
Nessa nota, é referido que, no decorrer da reunião, o representante académico denunciou práticas abusivas por parte de alguns arrendatários.
Entre elas encontram-se exemplos como «preços muito elevados para o alojamento em causa, solicitação de um grande número de rendas adiantadas, a inexistência de contratos e a exigência de documentação desnecessária a estudantes internacionais».
Alexandre Gencer reconheceu que a recente assinatura pelo Governo do Plano Nacional de Alojamento de Estudantes Universitários, que disponibiliza 700 novas camas em Braga e 200 em Guimarães, «é um contributo importante para resolver o problema do alojamento universitário, mas que não tem consequências no imediato».
Soluções possíveis, de acordo com o vice-presidente da AAUM, poderiam passar por «incentivos fiscais aos senhorios que aluguem quartos ou apartamentos a estudantes» ou o «aumento do complemento de residência aos estudantes e a existência de transportes melhores e mais baratos».
«O NT Braga do Livre entende que os problemas do alojamento universitário em Braga e no país só pode ser enfrentado mediante políticas públicas de habitação generalizadas, de modo a regular o mercado e permitir o acesso à habitação condigna por parte de todos os cidadãos, o que manifestamente não acontece atualmente», realçou o partido.
Por fim, é ainda referido que é «determinante que o poder local assuma responsabilidades neste contexto neste contexto, nomeadamente ao implementar medidas de apoio à habitação jovem e à criação de cooperativas».