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Passe dos TUB desce 30 por cento para 20 mil utentes

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O valor máximo, sem limite de viagens ou de quilómetros, desce de 42,5 euros mensais para 30. O anúncio foi feito, esta segunda-feira ao final da tarde, durante a reunião extraordinária da Câmara, pela administração dos TUB, ocasião em que foi aprovado o contrato de concessão por dez anos, período em que a empresa recebe 60,3 milhões de euros, cerca de seis milhões anuais, dos cofres municipais.

A maioria PSD/CDS (seis vereadores e o presidente) votou a favor e a oposição, PS e CDU (quatro vereadores, três do PS e um da CDU) absteve-se.

Sobre esta proposta, o vereador da CDU, Carlos Almeida, que se congratulou com o facto de os TUB permanecerem na esfera pública, colocou várias perguntas aos administradores executivos dos TUB, a primeira das quais sobre a descida do preço do passe.

Apontou, ainda, a desejável possibilidade de o contrato conter um cláusula que possibilite a sua revisão ao fim de cinco anos: “seria, assim, possível fazer ajustes de serviço ao contrato, isto tendo em conta a rapidez da evolução da vida moderna, em especial na área da mobilidade”.

O autarca comunista afirmou que os TUB estão subfinanciados, como se comprova com o facto de ter aparecido um operador privado que apresentou uma proposta para fazer o serviço público de transportes no concelho, mas por mais 38 milhões de euros.

Perguntou, por isso, se a Câmara prevê aumentar aquele financiamento, questão a que acrescentou uma outra, a de saber se os TUB vão recorrer à subcontratação de trabalhadores, uma medida permitida contratualmente.

Carlos Almeida apontou, ainda, lacunas nos sistemas de informação da empresa e sugeriu uma revisão dos tarifários, que beneficie os utentes que mais usam os autocarros municipais. Questionou, ainda, se os TUB daria formação em inglês aos motoristas que vierem a contratar, já que a concessão o prevê expressamente.

Já o vereador socialista, Artur Feio, quis saber se a revisão do contrato ao fim de cinco anos é legal e criticou o executivo liderado por Ricardo Rio por ter permitido a construção de um hotel junto à estação ferroviária, perto de uma rotunda que é essencial para o escoamento dos autocarros dos TUB e que assim fica, ainda mais, afunilada.

A este propósito, criticou, ainda, a construção, em curso, de uma hamburgaria na zona do nó de Infias, o que – sustentou – vai complicar mais a circulação automóvel naquela zona, com mais engarrafamentos.

CRESCIMENTO

Em resposta, os administradores dos TUB Teotónio Dos Santos e Sandra Cerqueira anunciaram aquela descida do tarifário e garantiram não estar prevista a subcontratação de trabalhadores ou de empresas, o que, até agora, apenas aconteceu pontualmente.

Salientaram que o Contrato de Concessão foi elaborado, tendo em vista uma tendência de crescimento do número de passageiros e de quilómetros percorridos: “nos últimos seis anos, os nossos veículos fizeram mais um milhão de quilómetros, e este número crescera dois por cento ao ano”, explicou.

Adiantaram que os sistemas informáticos serão melhorados este ano, e asseguraram que o sistema de bilhética permite obter a informação necessária sobre quem utiliza os TUB.

O contrato, que terá agora de ser votado na Assembleia Municipal, deriva – disseram – de uma directiva europeia que obriga à abertura, a todos os operadores, das concessões de transportes.

Com um cenário de estabilidade, os TUB vão proceder à renovação da frota, estando prevista a chegada em Março de sete autocarros eléctricos, a que se seguirão 25 outros, a gás. Um investimento de 13 milhões.

MIGUEL BANDEIRA: 10 ANOS DE ESTABILIDADE

Face às questões da oposição, Miguel Bandeira, que tutela a área da Mobilidade e é presidente (não-executivo) dos TUB, disse que o contrato por 10 anos reconhece a capacidade dos transportes municipais e permite um horizonte largo que facilita a gestão. Acentuou que, em muitos outros municípios, a Autoridade Nacional de Transportes apenas permitiu contratos de cinco anos.

Sobre as críticas socialistas, e referindo-se à zona da estação, disse que o Plano de Mobilidade, que está em discussão pública, procura articular os vários interesses em jogo, frisando que, no caso, conjuga os interesses do transporte ferroviário com os dos TUB e do sector hoteleiro, dando aos turistas acesso a transporte.

GNRATION PASSA PARA O THEATRO CIRCO

Na reunião, foi ainda aprovada a atribuição de 219 mil euros ao Theatro Circo, que absorve, em Julho, o espaço cultural GNRation, actualmente gerido pela Fundação Bracara Augusta.

Questionada pelos vereadores do PS, Artur Feio, e da CDU, Carlos Almeida, a sua gestora, Cláudia Leite, disse que os 15 trabalhadores da área cultural transitam, sem perda de direitos, para o Theatro.

Os restantes, afectos às áreas da juventude e do social, permanecem na Fundação Cultural. Salientou que a junção permite uma melhor gestão de recursos e conquista sinergias na área cultural, tendo em vista a candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura, em 2027.

A propósito, Ricardo Rio, e tendo em conta a posição de Artur Feio que apontou para o “esvaziamento” do organismo, esclareceu que os membros da Fundação (Câmara, universidades do Minho e Católica e Cabido da Sé) vão criar um grupo de trabalho para redefinir as suas funções futuras, numa óptica de as devolver à sua ideia original.

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