Seis associações empresariais do distrito de Braga a sua “enorme preocupação” com o impacto do novo confinamento “na sustentabilidade das empresas do comércio, serviços e restauração” e propõem ao Governo medidas para atenuar o impacto das restrições.
A Associação Comercial de Braga, Associação Comercial e Industrial de Barcelos, Associação Comercial e Industrial de Esposende, Associação Comercial e Industrial de Famalicão, Associação Comercial e Industrial de Vizela e Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto defendem, em comunicado. que o lay-off simplificado seja comparticipado a 100% pela Segurança Social para as empresas cuja actividade tenha sido encerrada ao abrigo do confinamento.
Pedem ainda que este apoio seja estendido às empresas cuja actividade é permitida durante o confinamento, mas cuja facturação “seja fortemente penalizada” pelo dever geral de recolhimento domiciliário.
A adopção de um regime especial de apoio às rendas de Janeiro e Fevereiro, que assegure a comparticipação integral do valor das rendas dos estabelecimentos encerrados ao abrigo do confinamento é outra revindicação.
Para o pós-confinamento, os empresários pedem que o Executivo “assuma a concretização de um programa de promoção da retoma das actividades económicas mais afectadas pelo confinamento, nomeadamente do comércio e serviços de proximidade, bem como dos sectores do alojamento e restauração”.
Manifestam a expectativa de verem atendidas, “de forma ágil e rápida”, as suas reivindicações, que consideram “fundamentais para proteger o emprego e a sustentabilidade das empresas”.
AGRAVAMENTO DA CRISE ECONÓMICA
As associações, depois de “nove meses sucessivos de quebras significativas de facturação”, temem que o novo confinamento provoque um aumento “sem precedentes” do número de encerramentos de estabelecimentos e de empresas, “o que conduzirá, inevitavelmente, à perda de muitos postos de trabalho e ao agravamento da crise económica e social que se vive no país e na região”
No documento, patrões dos patrões, afirmando-se “cientes da importância do combate à pandemia, no sentido de travar a evolução do número de infectados, internados e óbitos”, consideram que “o Governo podia e devia excluir do novo confinamento o comércio de proximidade, que cumpre com rigor as normas e boas práticas de higiene e segurança estabelecidas pela Direcção Geral de Saúde e não está sujeito a uma grande pressão de procura por parte dos consumidores”.
Os empresários duvidando que, neste contexto, “o benefício sanitário do encerramento deste formato de comércio compense, minimamente, o enorme prejuízo económico e social que esta decisão acarreta”.
No entanto, destacam “pela positiva”, o facto do Governo “procurar minorar as situações de desigualdade que se criaram no anterior confinamento entre a grande distribuição e o pequeno comércio, ao interditar a venda de bens na grande distribuição que sejam tipicamente comercializados nos estabelecimentos de comércio a retalho encerrados”.
As associações consideram também que o pacote de apoios às empresas para mitigar os efeitos do novo confinamento e as “avultadas quebras registadas nos últimos meses”, são “manifestamente insuficientes”, reiterando “a necessidade dos apoios chegarem às empresas com maior velocidade, disporem de um acesso mais alargado e simplificado e um nível de apoio mais reforçado, sob pena de se perderem, irremediavelmente, milhares de micro e PME e os respectivos postos de trabalho”.