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Paulo Marques (CDS-PP) questiona: «A grande “bandeira” de Vila Verde pelo mundo é um nome e uma marca que, afinal, não pode ser usada pelo Concelho?»

O Presidente da Comissão Política do CDS-PP de Vila Verde, Paulo Marques, questionou, esta quinta-feira em comunicado enviado, sobre o porquê da «grande “bandeira” de Vila Verde pelo mundo ser um nome e uma marca que, afinal, não pode ser usada pelo concelho de Vila Verde? Andamos pelo mundo a apresentar, e bem, os lenços de namorados e depois não podemos falar deles?»

Em nota enviada, Paulo Marque começa por afirmar que «o Lenço de Namorados é mesmo uma maravilha da cultura popular». 

«E não só, é também uma bandeira do concelho e do próprio tema do Amor, universal e sem fronteiras linguísticas e territoriais. Vamos ter fé e tomará que ganhemos este concurso e para isso há que continuar a votar. Por ter um imenso potencial, confesso a minha preocupação de há já muito tempo com o que estamos a fazer ao lenço de namorados, que tanto nos dignifica e orgulha. Quem me conhece sabe o quão pessoal são para mim os lenços e a Aliança Artesanal, pela relação “umbilical” da minha mãe com a instituição, mas também pelo sinal que deu à sociedade (que espero se mantenha) sobre a emancipação e a independência da mulher. Hoje, felizmente, é absolutamente normal e banal, mas há 40 anos não o era», diz.

Posto isto e sobre o facto dos Lenços estarem a concorrer para ser a maravilha da cultura popular portuguesa, questiona: «Serei o único a achar incompreensível que a grande “bandeira” de Vila Verde pelo mundo seja um nome e uma marca que, afinal, não pode ser usada pelo concelho de Vila Verde? Andamos pelo mundo a apresentar, e bem, os lenços de namorados e depois não podemos falar deles?», acrescentando «gastamos milhões a falar do Lenços de Namorados e, imagine-se, quem ganha com isso é uma empresa privada de Paredes, distrito do Porto (que é a dona da marca Lenço de Namorados). Isto é normal? É justo?».

Ressalva, ainda: «“Vendemos” os Lenços pelo mundo e não podemos dizer que são nossos? Nem usar a marca “Lenço de Namorados”?»

«ERRO INFANTIL QUE NÃO CONSIGO QUALIFICAR DO PONTO DE VISTA DA INCOMPETÊNCIA, DESLEIXO E FALTA DE CAPACIDADE DE GESTÃO»

Mais à frente, o centrista explica que «infelizmente, é exatamente o que acontece. O dono da marca “lenço dos Namorados” é uma empresa de nome “Lenço dos Namorados – Unipessoal Lda”, com sede em Paredes, distrito do Porto. Porquê? Porque alguém, quando viu que era um bom negócio, registou a marca e – justifiquem-me isto – o município de Vila Verde nunca registou a marca nem protegeu direitos sobre o “ex-líbris de Vila Verde e do amor” como diziam os responsáveis camarários… apesar dos milhões que já gastava com ela. Isto já foi em 2009.  Isto é um erro tão infantil que, muito sinceramente, não o consigo qualificar do ponto de vista da incompetência, desleixo e falta de capacidade de gestão. Ultrapassa-me».

«INVESTIMENTO QUE NÃO PUDEMOS USAR»

O líder do CDS-PP de Vila Verde nota também que «no fundo, todo o investimento de anos e anos (e são muitos milhões) na promoção do concelho como o concelho dos Lenços de Namorados com “meses” do romance, jantares de 90.000€, presença nos aviões da TAP, em feiras nacionais e internacionais, televisão, brochuras, revistas, etc, etc, não passa de um investimento que não podemos usar, nem sequer falar dele, porque uma empresa privada tem o registo do nome. Irónico no mínimo. Imagine-se que até já fomos multados por usar o nome Lenço de Namorados. Para mim isto é um crime, ponto. No mínimo, estamos a falar de gestão danosa da imagem de um concelho e de muito dinheiro público. E ainda há a questão da certificação dos lenços».

«Tudo isto é resultado, directo ou indirecto, de maiorias absolutas a mais na gestão do município. É o que dá as maiorias! Vila Verde precisa de mais responsabilização de gestão, é bom que os vilaverdenses deixem de premiar quem tão mal os gere… sejam lá de que partidos forem», conclui.

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