O presidente do CDS-PP de Vila Verde, Paulo Marques, voltou a tecer críticas à postura da Câmara Municipal, considerando que a autarquia «tem andado a reboque dos acontecimentos, em vez de jogar na antecipação» e que «há várias crianças e jovens sem terem acesso ao ensino à distância por falta de equipamentos».
«Como tenho avisado, infelizmente vezes a mais nas últimas semanas, a política do município de Vila Verde neste tempo de pandemia tem sido de reacção tardia aos problemas e, quase sempre, apenas por pressão dos vilaverdenses», frisa.
Diz estar preocupado com «a demagogia pública do executivo e, particularmente, [com] o grande deficit de liderança que tão prejudicial é para os vilaverdenses».
«Desta feita, está em cima da mesa a questão do ensino à distância para os alunos do ensino básico e do ensino secundário. Mais uma vez, só depois de surgirem propostas públicas de cidadãos para que fossem distribuídos gratuitamente equipamentos informáticos e internet aos alunos mais desfavorecidos é que autarquia acordou, hoje, para o problema», sublinha.
Paulo Marques destaca que «as direcções dos agrupamentos e das escolas, os professores, os alunos e os encarregados de educação estão a fazer um grande esforço para ter o sistema educativo a funcionar».
«A vereadora da educação veio agora à pressa fazer um comunicado (com a fotografia abaixo junto de crianças de 3 anos) a dizer que iriam apoiar os alunos com dificuldades financeiras. Esperemos que assim seja. Só que as aulas já começaram, Dra. Júlia Fernandes, e há várias crianças e jovens sem terem acesso ao ensino à distância por falta de equipamentos», acrescenta.
«A Câmara diz estar a trabalhar com os agrupamentos, empurrando a responsabilidade do atraso na resolução do problema para as escolas. Dizem estar à espera de serem identificados os alunos com necessidades de equipamento. Sei que as escolas têm os alunos referenciados e se a questão não está resolvida é porque câmara acordou tarde para o problema», aponta.
A terminar, o líder centrista deixa várias questões: «Será que já começaram a estudar a resposta do município à crise económica que se advinha? Na criação de emprego? No apoio às empresas? No apoio às famílias? Numa nova estratégia de desenvolvimento futuro do concelho para os desafios de amanhã?».