O presidente do CDS-PP de Vila Verde, Paulo Marques, fez esta segunda-feira uma longa publicação em que diz que a vereadora Júlia Fernandes «é uma espécie de lobo que tenta ter pele de cordeiro» e pede que se demita da Aliança Artesanal.
«A sua incapacidade, política e de gestão, têm prejudicado profundamente a cooperativa Aliança Artesanal. Faça um favor a todos e tenha coragem e demita-se da instituição», aponta.
Em causa está ainda a proposta – que acabou por não ser votada – de atribuição de um subsídio extraordinário, de 20 mil euros, à Aliança Artesanal, que mereceu duras críticas do vereador José Morais e da Comissão Política do PS de Vila Verde.
«A senhora vereadora é presidente da cooperativa [Aliança Artesanal] e não faz a mais pálida ideia da grandeza da instituição, da sua função ímpar ou, sequer, da sua imensa importância e simbologia. É uma vergonha o seu desconhecimento», refere.
«A Aliança foi criada há mais de 30 anos para dignificar o trabalho da mulher (especialmente a mulher minhota) e ajudá-la na sua independência financeira e autonomia de vida. Não sabe, mas devia saber, que a Aliança promove o bordado, os lenços de namorados (marca que por incompetência do seu executivo não está sequer registada a favor do concelho) e ajudar no rendimento das mulheres vilaverdenses», acrescenta.
Na publicação, aponta também à Gala Namorar Portugal e ao Mês do Romance, dizendo que «este pedido de “apoio” que fez é a prova acabada da incompetência com que tem sido gerida a cooperativa».
«Sente-se bem a gastar todos os anos 90.000€ num só jantar (de vaidades) sob a égide dos lenços de namorados e não pagar condignamente um ordenado às mulheres que há décadas trabalham na cooperativa? Como se atreve?», questiona.