O PCP exige a manutenção e reforço da oferta de transportes públicos e reclama “esclarecimentos cabais” da CIM do Cávado e das câmaras municipais sobre a suspensão e redução de carreiras de transportes públicos de Braga, Vila Verde e Barcelos.
Em comunicado ao PressMinho/OVilaverdense, a Direcção Regional de Braga do PCP, dando conta de informações que referem que aquelas carreiras serão suspensas e “seriamente” reduzidas, alerta para o “efeito muito grave” na mobilidade das populações, “acentuando os impactos negativos da epidemia e não encontra justificação na realidade actual nem na perspectiva para breve do inicio da retoma das actividades”.
A decisão, afirmam os comunistas bracarenses, decorre, segundo as informações, “da intenção de recurso mais alargado ao lay-off” pelo consórcio liderado pela Transdev (…) na sequência de decisões da CIM [Comunidade Intermunicipal] do Cávado e câmaras municipais”.
Em Vila Verde, acrescenta o comunicado, “está mesmo prevista a paragem de circulação da maioria das carreiras, privando de transportes públicos o essencial da área do concelho”.
Já no caso de Barcelos “está a ser passada a informação que metade dos serviços vão ser suprimidos e que aos fins-de-semana serão mesmo totalmente suprimidos”, o que implica que “os transportes entre várias localidades e aldeias e o centro do concelho ficarão comprometidos.”
“Para além da escassez crónica, os horários que funcionam neste momento correspondem ao formato “férias escolares”, o que significa que presentemente já vigora uma redução grande da oferta. A informação agora conhecida significa mais um corte, e muito substancial, numa oferta já reduzida”, afirma o PCP.
A organização comunista, recordando o anuncio do resultado do concurso público para a operação dos transportes públicos de passageiros na CIM, nos próximos 5 anos, salienta que o processo, apresentado como “um passo para o reforço e modernização” da oferta de transporte público “contrasta flagrantemente com os desígnios recentemente reiterados”.
“A oferta de transportes públicos às populações, serviço público fundamental, não pode ficar refém dos interesses das empresas privadas nem de critérios economicistas praticados por autarquias”, vinca o PCP, sustentando que a decisão “põe também em evidencia a necessidade de resgatar para o sector público a oferta de transportes públicos”.