Era uma festa de apoio a duas instituições sociais no campo de futebol do Amares. Mas acabou estragada. Um foguete pirotécnico lançado de um palco, em 20 de Junho de 2010, atingiu a perna de um cidadão, causando-lhe queimaduras. João Costa, antigo treinador do Trofense, pede, agora, no Tribunal de Braga, 62 mil euros de indemnização a dois membros da organização e à firma Piromagia, de Vila Verde, que vendeu o artefacto pirotécnico.
O lesado considera que a empresa e os dois promotores do evento solidário, Paula Alves e João Mendes, actuaram de forma negligente, ao permitirem que o “foguete” – lançado a partir de um tubo – tomasse a direcção errada, atingindo-o.
«Não tomaram as necessárias diligências e não respeitaram o Regulamento legal em vigor para o lançamento de fogo-de-artifício», argumenta.
Diz que, na sequência do acidente, ficou com queimaduras de 2º grau e teve de fazer uma cirurgia, no antigo Hospital de São Marcos de Braga, de reparação e restituição de pele.
Foi obrigado a deixar de treinar e esteve seis meses sem receber o ordenado. E ainda hoje ostenta as marcas da queimadura e tem dores, com a mudança do tempo.
Os dois visados contrapuseram, na primeira sessão do julgamento que decorreu segunda-feira, que não foram eles a lançar o artefacto e que o mesmo decorreu de acordo com as instruções do vendedor.
A Piromagia diz que se limitou a vender os “foguetes”, que nem eram de seu fabrico e que deu as instruções necessárias para que o lançamento ocorresse em segurança.