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Pescadores estão a prever ‘sardinha grande e gorda’ para os Santos Populares

No primeiro mês da pesca de sardinha, os pescadores apontam muito peixe no mar, maior procura e uma subida de 7% a 8% nos preços. A previsão é que haja sardinha “grande e gorda” nos Santos Populares.

«Os sinais são muito positivos, quer em termos de abundância, quer em termos de procura, o que se tem refletido num aumento de preços», garante, ao Jornal de Notícias, Humberto Jorge, o presidente da Anopcerco – Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco.

O peixe tem saído da lota a custar entre os 80 cêntimos e 1 euro o quilo destaca-se a procura elevada, sobretudo da indústria conserveira.

«Estamos à beira de conseguir a certificação MSC (Marine Stewardship Council – Pesca Sustentável) da sardinha ibérica [que, fruto da rutura nos stocks, Portugal e Espanha perderam em 2014] e isso está a fazer com que a indústria tenha maior apetite pelo nosso peixe», continua o dirigente.

Para quem sabe, a gordura e sabor da sardinha «ainda não são os ideais», mas sobressai o crescimento do peixe desde que a frota foi para o mar, a 22 de abril.

Segundo Humberto Jorge, «dentro de três semanas, vamos ter boa sardinha para os santos populares e muita quantidade», vinca.

A norte o peixe é mais pequeno, como já tem sido habitual nos últimos dois anos.O presidente da Propeixe – Cooperativa de Produtores de Peixe do Norte, Agostinho Mata diz que os contratos de abastecimento com as conserveiras garantem «estabilidade».

«O tamanho não é o ideal, mas os preços são sustentáveis e há procura», afirma ainda, destacando o acordo com a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) que garante a compra de metade das capturas aos 24 barcos da Propeixe que pescam em Matosinhos e Peniche a preço fixo de 88 cêntimos/kg para sardinha maior (até 24 unidades por quilo) e 76 cêntimos/kg para peixe mais pequeno (acima de 24 unidades).

Em leilão, na lota, o preço do peixe varia entre 1,11 e o 1,20 euros. «Não é mau para a época», prevendo «um ano bom», continua.

Há 34 406 toneladas para pescar (mais 16,4% do que em 2024) este ano.

Até 31 de maio, há limite diário de captura de 250 cabazes (para barcos com mais de 16 metros). Depois, sobem para 300 a 2 de junho.

ovilaverdense@gmail.com

Com Jornal de Notícias

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