A cooperativa VianaPesca, em representação dos pescadores do Norte, apelou a José Manuel Fernandes, para proceder, “com muita urgência à revogação da interdição da pesca da sardinha, com a rede de cerco, no Parque Litoral de Esposende”.
Em comunicado, a cooperativa pede ao novo ministro da Agricultura e Pescas que “deve de igual modo ser permitida a pesca com redes de emalhar de um pano, pelo menos numa pequena área e numa época do ano a definir, que não ponha em causa os interesses do Parque e permita às embarcações costeiras a actividade dirigida à captura do robalo”.
No mesmo comunicado, os pescadores avisam que e proposta apresentada pelo sector durante a consulta pública do projecto das energias renováveis ‘offshore’ é para manter.
“O sector não permitirá, de forma alguma, alterações às propostas apresentadas na plataforma Participa e lutará a todos os níveis nacionais e comunitários, luta essa que poderá também vir a condicionar as actividades dos portos comerciais”, alertam as associações da pesca desde Matosinhos a Caminha.
Segundo a VianaPescas, cooperativa com sede em Viana do Castelo, os pescadores propõem, “a instalação, a partir de Matosinhos, de dois, em vez de três parques eólicos flutuantes, mas que no total atingem a mesma dimensão dos três propostos no PAER (Plano de Afectação para Exploração de Energias Renováveis ‘Offshore’)”.
Para o sector, apesar das “consequências incomensuráveis”, a contestação ao PAER subscrita por todas as associações e apresentada formalmente na plataforma Participa, “minimiza o impacto negativo nesta na região, sobretudo nas comunidades piscatórias e fauna marinha”.
Segundo os pescadores trata-se de “uma proposta responsável e muito sensata, que protege em cerca de 50% os locais onde se exerce a actividade desde tempos imemoriais”.
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