O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira, em Guimarães, que quem tem “contado mentiras” sobre o que se passa no Conselho de Estado “presta um péssimo serviço” ao país e recusou confirmar que se manteve em silêncio na reunião daquele órgão.
“Quem nas últimas reuniões [do Conselho de Estado] tem decidido fazer fugas selectivas, ou contado mentiras sobre o que acontece no Conselho de Estado, presta um péssimo serviço às instituições, à democracia e ao Conselho de Estado. O Conselho de Estado é um órgão de consulta do Presidente da República, onde as pessoas se devem sentir livres para se expressarem, ou para não se expressarem, de forma a que o Presidente da República possa beneficiar dessa informação”, afirmou.
“Comprometer esse carácter de confidencialidade é um mau contributo”, frisou António Costa. “E não contarão comigo para esse mau contributo”, garantiu.
Questionado pelos jornalistas sobre se é mentira ou não que se manteve em silêncio durante a última reunião do Conselho de Estado, na terça-feira, como alguns órgãos de comunicação social escreveram, o primeiro-ministro escusou-se a responder.
“Não vou nem dizer sim nem vou dizer não, pelo seguinte: nós devemos respeitar as instituições. Por mim procuro respeitá-las, procuro ser bastante escrupuloso no cumprimento das regras institucionais, e quem não o faz, acho que presta um mau serviço ao país”, defendeu António Costa, após a inauguração, no campus de Azurém da Universidade do Minho, do supercomputador Deucalion.