Na passada sexta-feira, dia 22 Outubro, decorreu um jantar-debate organizado pela Associação Empresarial do Minho (AEMinho) em conjunto com a PwC, com o objectivo de esclarecer as empresas sobre os propósitos e aplicações do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Neste evento marcaram presença o Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, o Professor António Costa Silva, o Presidente da Associação Empresarial do Minho, Ricardo Costa, o Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, o Global Incentives Solutions Partner da PwC, Pedro Deus, e ainda o jornalista Camilo Lourenço.
Foram várias as temáticas debatidas, com destaque especial para as preocupações das empresas com o montante de fundos disponibilizados, a vasta burocracia associada ao processo e a ausência duma componente de reforço dos capitais próprios das empresas. Por entre o debate, foi concluído que «se o programa vier a ser integralmente implementado, existe a possibilidade de se esgotar o valor total sem atender a todas as manifestações de interesse».
Durante o debate, o foco voltou-se para a evidência sobre o plano português perder quando comparado com o de outros países, como Grécia e Espanha, e foi várias vezes realçada a existência de um grande distanciamento entre o plano inicial traçado pelo Professor António Costa Silva e o programa final da responsabilidade do Governo.
Ricardo Rio aproveitou o momento para criticar o facto de as autarquias não terem sido ouvidas neste processo enquanto que o presidente da AE Minho mostrou-se preocupado com o futuro das empresas minhotas num plano pós-pandemia, voltando a realçar a importância de se assegurar os apoios disponíveis para estes serem devidamente aplicados, de forma a garantir a estabilidade económica da região.