INVESTIMENTOS (Floresta)

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Plano Floresta prevê investimento de 6.500 milhões de euros até 2050

No Dia Internacional da Floresta, o Governo apresentou o Plano Floresta 2050, um instrumento estratégico que visa transformar a gestão da propriedade florestal, fortalecer a resiliência contra incêndios, promover boas práticas no sector.

O Plano, divulgado esta sexta-feira à noite pelo Governo (em gestão) conta com um investimento de 6.500 milhões de euros ao longo de 25 anos, e visa “impulsionar a sustentabilidade da floresta em Portugal, através de mecanismos de apoio à gestão florestal e à preservação dos recursos naturais”.

“Este investimento será essencial para garantir uma maior resiliência dos ecossistemas florestais e apoiar a transição para um futuro mais verde e sustentável”, disse o primeiro-ministro.

O Plano Floresta 2050 reconhece que os territórios rurais que representam 14% da população portuguesa, cerca de 1,5 milhões de pessoas “enfrentam graves desafios”, incluindo a presença de 3,5 milhões de prédios rústicos em heranças indivisas, que representam três vezes a população residente, “e são directamente impactados por fenómenos como as alterações climáticas, a expansão das espécies invasoras e os incêndios rurais”.

19 MEDIDAS

O Plano Floresta 2050 estabelece um conjunto de 19 Medidas e de 154 acções estratégicas para enfrentar estes desafios a valorizar a gestão da floresta.

Entre as principais metas do plano, destacam-se a melhoria da gestão e conhecimento da propriedade florestal, a valorização da actividade florestal, o incentivo à inovação, o reforço da resiliência da floresta contra incêndios, pragas e espécies invasoras e a simplificação da governação e processos administrativos relacionados com o sector.

“Em vez de nos queixarmos daquilo que temos, devemos aproveitar, cuidar e tirar partido daquilo que de bom temos. O futuro da nossa floresta depende do contributo e da articulação, da confluência, da convergência e da coordenação entre vários sectores da sociedade”, afirma Luís Montenegro

Daí que este pacto para a floresta seja feito “entre ordenamento do território, agricultura, ambiente, educação, com contributos da academia e virado para a inovação. Por uma floresta mais resiliente, mais eficiente, como elemento crucial para a biodiversidade, para a retenção de carbono e a prevenção de incêndios, sendo essencial para a agricultura, para a saúde ambiental e económica de Portugal”, afirmou Luís Montenegro.

O Governo lembra que “a floresta desempenha um papel fundamental no território nacional, representando 69% do espaço total do país, envolve cerca de 92 mil trabalhadores, gerando uma contribuição de 2,6 mil milhões de euros para a economia nacional”.

Na apresentação do plano, estiveram presentes a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, vários autarcas de todo o país assim como representantes das diferentes entidades que contribuíram para a preparação do plano Floresta 2050.

ovilaverdense@gmail.com

 

 

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