PAÍS

PAÍS -

Polícia encontrou um saco de papel com mais de 31 mil euros debaixo da cama de Madureira

O primeiro polícia chamado a depor, no Tribunal de São João Novo, diz ter encontrado, nas buscas de janeiro de 2024, um saco de papel com mais de 31 mil euros debaixo da cama de Madureira.

«A entrada na residência foi feita por uma equipa tática vinda de Lisboa. Entrámos através de arrombamento, ficou a porta danificada. Pelo que percebi, [Fernando e Sandra Madureira] ainda estavam na cama» começou o polícia.

Por diversos pontos da casa, encontrou e apreendeu grandes quantidades de dinheiro.

«Num móvel, tinham 620 euros e, num saco de papel que tinham debaixo da cama, estavam 31.550», refere.

Por sua vez, o agente que revistou outras divisões, entre elas os quartos das filhas do casal, aponta ter encontrado «uma quantia, em cima de um pequeno sofá, de três ou quatro mil euros».

O polícia revelou, ainda, que durante a operação, os antigos dirigentes da claque Super Dragões terão apresentado queixa por furto, mas esta foi arquivada e os agentes apresentaram contra-queixa por denúncia caluniosa.

Também depuseram os agentes da PSP que revistaram as casas de Vítor ‘Catão’ e Hugo Carneiro ‘Polaco’.

A Vítor, foram confiscados «um telemóvel e o carregador» e ao segundo, o agente destacou a indumentária que pensa ter sido usada pelo acusado na noite da Assembleia Geral (AG), bem como «mil euros em notas de 20».

Sandra Madureira pediu, antes de começar a sessão, a escusa das apresentações periódicas às autoridades, entre 06 e 11 de maio, da presença na sala de audiências, nos dias 08 e 09 do mesmo mês, para participar numa peregrinação a Fátima. O pedido foi concedido.

O julgamento continua esta tarde e prossegue na terça-feira, a data prevista para o final das audiências, cujo atraso ultrapassa as 30.

Os 12 arguidos da Operação Pretoriano começaram a responder por 31 crimes ao Tribunal de São João Novo a 17 de março.

Estão acusados de 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, em torno de uma AG do FC Porto, em novembro de 2023.

Fernando Madureira é o único que está em prisão preventiva, esta que é a medida de coação gravosa. Os restantes foram sendo libertados.

ovilaverdense@gmail.com

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE