O presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), Carlos Rodrigues, aproveitou a visita das Ministras da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, para manifestar a sua preocupação com o atraso significativo no reembolso das verbas para o funcionamento dos CTESP – Cursos Técnico Superiores Profissionais.
O líder do Instituto demonstrou a sua preocupação pelos «consideráveis atrasos», afirmando que «se tal situação persistir colocamos em risco os cursos que estamos a abrir com as autarquias e empresas».
«Todo este trabalho que o Instituto tem vindo a desenvolver com a região do Alto Minho pode estar em causa», afirmou Carlos Rodrigues, revelando que «estes atrasos podem condicionar o bom funcionamento da instituição».
«Estes novos cursos têm vindo a ser construídos lado a lado com os municípios e com o tecido empresarial de forma a dar resposta às reais necessidades da região, para que o sector empresarial possa ter mão de obra qualificada e especializada», destacou o presidente, apontando que o Politécnico «já fez chegar o ensino superior aos municípios de Arcos de Valdevez, Monção e Melgaço».
Em resposta, Ana Abrunhosa, lamentou a situação e sublinhou que «apenas no Norte esta situação acontece», prometendo uma célere intervenção e deixando um aviso: «não podemos alimentar a ideia da existência de instituições de ensino de primeira ou de segunda, não vamos criar mais assimetrias».
Também a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, manifestou preocupação com a situação, e prometeu estar articulada com os restantes ministérios de forma a ser encontrada o mais breve possível uma solução.
IPVC ASSINOU ACORDO DE COOPERAÇÃO
O IPVC, juntamente com a Universidade do Minho, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Instituto Politécnico de Bragança, a Universidade de Vigo e a Universidade de Santiago de Compostela, assinou o acordo de cooperação para a criação da Branda Científica, na freguesia da Gavieira, nos Arcos de Valdevez.
O objetcivo passa por criar uma estação científica internacional que estude a biodiversidade do Parque Nacional da Peneda Gerês, sendo que a mesma implica a remodelação de alguns edifícios pertencentes à Confraria de S. Bento de Cando.
CIM ALTO MINHO PEDIU MAIS BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO
Manoel Batista, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) defendeu mais investimento e mais bolsas de investigação, no âmbito do projecto “NUTRIR – Núcleo Tecnológico para a Sustentabilidade Agroalimentar”, que foi criado há um ano e tem sede em Melgaço.
O presidente destacou o trabalho desenvolvido por este centro de transferência do conhecimento no sector agroalimentar da região, o IPVC, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Universidade de Santiago de Compostela, em Espanha.
O presidente da CIM Alto Minho, Manoel Batista, considerou de «extrema importância» o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no âmbito deste projecto e, por isso, o pedido feito à tutela foi a da criação de mais bolsas de investigação, a somar às que já existem.
Para o presidente da CIM Alto Minho «é importante e fundamental trazer conhecimento e massa crítica» para a região, com o objectivo de se alcançar uma «outra dinâmica».