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Prazo para envio de declaração de queda de rendimentos para evitar corte em serviços essenciais começa esta terça-feira

Os consumidores têm de enviar uma declaração sob compromisso de honra que ateste quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20% aos fornecedores para evitarem o corte de água, luz, gás e comunicações. O prazo começa esta terça-feira.

Para efectivar a não suspensão do fornecimento daqueles serviços essenciais, o diploma exige o envio aos fornecedores de uma “declaração sob compromisso de honra que ateste quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20%”, mas ressalva que posteriormente podem ainda ser solicitados documentos que comprovem esses factos.

A demonstração da quebra de rendimentos para a não suspensão do fornecimento de água, electricidade, gás natural e comunicações electrónicas foi publicada esta segunda-feira em Diário da República e entra em vigor na terça-feira, produzindo efeitos até 30 de Setembro.

A portaria determina que a diminuição dos rendimentos, por causa da pandemia de covid-19, pode ser comprovada por recibos de vencimento ou declaração da entidade patronal, e por documentos emitidos pelas entidades pagadoras ou outros documentos “que evidenciem” o respectivo recebimento, nomeadamente obtidos dos portais da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança Social.

“A quebra de rendimentos corresponde a uma diminuição de rendimentos igual ou superior a 20% e é calculada pela comparação entre a soma dos rendimentos dos membros do agregado familiar no mês em que ocorre a causa determinante da alteração de rendimentos e os rendimentos auferidos pelos mesmos membros do agregado no mês anterior”, lê-se no diploma.

Para efeito do cálculo da quebra de rendimentos, o diploma considera relevantes: o respectivo valor mensal bruto no caso de rendimentos de trabalho dependente e de pensões, a facturação mensal bruta no caso de rendimentos de trabalho independente, o valor mensal de prestações sociais recebidas de forma regular e os valores de outros rendimentos recebidos de forma regular ou periódica.

No preâmbulo do diploma, o executivo lembra que este apoio se destina a agregados com reduções de rendimentos nos últimos meses e que as medidas excepcionais são para salvaguardar liquidez às famílias portuguesas.

O Governo já tinha, em Abril, proibido até 30 de Setembro a suspensão do fornecimento de água, energia eléctrica, gás natural e comunicações electrónicas a consumidores em situação de desemprego, com uma quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20%, ou infectados por covid-19.

Nesse diploma de Abril determinou ainda que a demonstração dessa quebra de rendimentos seria efectuada em nova portaria, que foi publicada esta segunda-feira.

A garantia de acesso aos serviços essenciais, até ao final de Setembro, não permite a suspensão do fornecimento de água, de energia eléctrica, de gás natural e de comunicações electrónicas.

Durante a vigência deste regime excepcional, os consumidores em situação de desemprego ou com quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20%, face aos rendimentos do mês anterior, podem requerer a cessação unilateral de contratos de telecomunicações, sem lugar a compensação ao fornecedor.

“O disposto na presente portaria aplica-se ainda à cessação unilateral de contratos de telecomunicações e à suspensão temporária de contratos de telecomunicações”, conclui o Governo na portaria.

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