O primeiro-ministro salientou que as previsões meteorológicas apontam para que esta quinta-feira seja o dia mais grave em termos de condições para incêndios e advertiu que a severidade da situação não acabará na próxima semana.
Esta posição foi transmitida por António Costa em declarações aos jornalistas, depois de ter estado presente num briefing com o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em que também estiveram presentes o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e da Protecção Civil, general Duarte Costa, e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
“As previsões meteorológicas apontam para que hoje tenhamos o dia mais grave do ponto de vista do aumento das temperaturas, com crescimento do vento de leste e baixos níveis de humidade. Hoje [quinta-feira] é o dia em precisamos de mais cuidado do que nunca para evitar que haja novas ocorrências – e quarta-feira já foi um dia muito duro, com mais de 200 ocorrências de fogos rurais”, declarou o líder do executivo.
De acordo com o primeiro-ministro, dessas ocorrências transitaram para esta quinta-feira sete, razão pela qual “é absolutamente fundamental tudo fazer para evitar que haja novas ocorrências”.
“Há um desgaste cada vez maior na extraordinária acção dos bombeiros e em todos os outros agentes da Protecção Civil. Para mais, hoje [quinta-feira] vamos ter temperaturas em algumas zonas na ordem dos 45 graus. Portanto, a descida sensível da temperatura que previsivelmente se registará até segunda-feira, mesmo assim, vai colocar-nos com temperaturas acima dos 30 graus”, frisou o líder do executivo.
A seguir, António Costa deixou um aviso em relação à forma como se poderá desenrolar a próxima semana: “Até podemos deixar de estar no estado de contingência, mas não passamos passar ao estado de despreocupação”.
“Vamos continuar a registar temperaturas muito elevadas na próxima semana. A acumulação deste período crítico, em primeiro lugar do ponto de vista climático, tem consequências no risco de incêndio, aumentando a secura e reduzindo a humidade ao nível do solo”, advertiu.
Por outro lado, de acordo com o primeiro-ministro, verifica-se um cansaço acumulado dos bombeiros e de outros agentes que estão no terreno a combater os fogos.
“Portanto, mais do que nunca, é cada um dos cidadãos que tem de ter extremo cuidado para evitar que, por descuido, se provoque um incêndio. A generalidade dos incêndios está a surgir muito próximo das localidades, ou seja, muito próximo de onde está o ser humano”, acrescentou.
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