O Tribunal de Braga colocou em prisão preventiva o militar da GNR, natural de Vila Verde, que foi detido e está indiciado por 66 crimes de difamação, injúria e perseguição, todos na forma agravada, contra uma juíza de Vila Verde e dois procuradores do Ministério Público.
O advogado de defesa, João Araújo Silva, discorda da decisão e anunciou que vai recorrer para o Tribunal da Relação.
Carlos Lima, de 36 anos, foi condenado duas vezes no Tribunal Judicial de Vila Verde por causa de uma querela com uma família: o pai terá emprestado 100 mil euros a uma pessoa e esta não os devolveu, o que terá motivado a intervenção do militar, supostamente em modos agressivos. O caso foi para Tribunal, que o condenou.
Depois disso, e por ter achado que as condenações eram injustas, começou a “atacar” os três magistrados na rede social – com palavras fortes e supostamente ofensivas – e passou a ir com frequência ao Tribunal Judicial de Vila Verde, para assistir a julgamentos presididos pela juíza e com a presença de um dos procuradores.
Tê-los-á, depois, abordado na rua, e à entrada do Tribunal e mesmo no restaurante que frequentam, pedindo esclarecimentos sobre as sentenças.
É suspeito de ter cometido 43 crimes contra a juíza, 13 contra um magistrado e 10 contra o outro. Três são de perseguição.