O Tribunal de Braga aplicou prisão preventiva a quatro dos detidos pela GNR num caso de tráfico de droga que incluiu buscas numa lavandaria na Lage, em Vila Verde, onde também seriam vendidos estupefacientes. O outro suspeito ficou sujeito a apresentações bissemanais no posto policial da sua área de residência e com proibição de contacto com os restantes arguidos.
Ao todo, conforme “O Vilaverdense” noticiou, o processo envolve 10 pessoas e o Ministério Público (MP) emitiu oito mandados de detenção fora de flagrante delito, mas apenas cinco foram detidas, de acordo com a informação oficial avançada esta quinta-feira pela GNR.
Num comunicado enviado às redações, a força policial diz ter detido, na terça-feira, deteve quatro homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 21 e os 45 anos, por tráfico de estupefacientes, no âmbito de uma investigação que durava desde setembro de 2024.
Os militares realizaram 21 buscas, 11 domiciliárias e 10 em viaturas, tendo apreendido mais de seis mil doses de droga: 3.200 doses de canábis (resina), 162 doses de canábis (folhas e sumidades), 2.850 doses de cocaína e 527 pastilhas de ecstasy.
A GNR apreendeu ainda três viaturas ligeiras, 5.775 euros em numerário, material informático, balanças e outros instrumentos relacionados com o acondicionamento, preparação e embalamento das substâncias estupefacientes.
O principal suspeito é um homem de Braga, já condenado em 2018, no Tribunal de Barcelos, pela prática do mesmo crime (tráfico de estupefacientes) e que está ainda em prisão domiciliária com pulseira eletrónica.
Segundo a investigação, o líder do esquema recebia consumidores em casa para lhes vender droga e também vendia noutros locais, nomeadamente a partir de uma lavandaria, na Lage, em Vila Verde, que é propriedade da família e onde trabalhava. Apesar de estar em prisão domiciliária, o arguido tem autorização para ir trabalhar durante o dia à semana e ao sábado de manhã.
As vendas de estupefacientes seriam realizadas também por vários outros elementos com ligações a este suspeito, nomeadamente em Braga, Barcelos e noutras zonas do distrito, sendo a maior parte dos pagamentos feitos através da plataforma MBWay. A investigação acredita que o principal suspeito tem uma rede de clientes superior a uma centena.