SAÚDE

SAÚDE -

Professora da Escola de Ciências da UMinho alerta para perigos do uso indevido de antibióticos

A professora da Escola de Ciências da Universidade do Minho (UMinho) Ana Paula Esteves alertou, esta segunda-feira, em que se assinala o Dia Europeu dos Antibióticos, para os perigos do uso indevido deste tipo de medicamento.

Numa nota enviada esta segunda-feira às redações, a UMinho refere que “nos últimos anos têm sido lançados vários apelos para os riscos da utilização incorreta destes medicamentos, que tem conduzido a um aumento de doentes infetados por bactérias resistentes”.

“A utilização incorreta de antibióticos, como a prescrição desnecessária ou em doses não adequadas, pode levar ao desenvolvimento de estirpes de bactérias resistentes, tornando infeções que eram de tratamento “fácil” em infeções de tratamento difícil ou até mesmo, impossíveis de tratar”, alerta Ana Paula Esteves, docente do Departamento de Química da Escola de Ciências da UMinho (ECUM).

Quando usados indevidamente, os antibióticos levam ao desenvolvimento de resistência bacteriana, “um problema global que afeta o tratamento de doenças infeciosas, com impacto na saúde pública, podendo originar hospitalizações prolongadas, tratamentos mais caros e conduzir a um aumento de uso de recursos de saúde”, acrescenta a docente.

De acordo com a UMinho, a Química “tem vindo a desempenhar um papel preponderante na descoberta e produção de antibióticos”. A investigação no âmbito da Química Orgânica “tem permitido sintetizar novas moléculas com atividade antibacteriana e melhorar a atividade de moléculas existentes”, além de que “os químicos estudam a interação entre os antibióticos e as estruturas celulares das bactérias, desenvolvendo novos medicamentos e estratégias para combater a resistência bacteriana”.

“A Química Industrial e a Química Farmacêutica permitem, respetivamente, a produção de antibióticos em grandes quantidades, de forma económica e em conformidade com normas de qualidade e segurança e o desenvolvimento de formulações eficazes que garantam a estabilidade, biodisponibilidade e libertação controlada dos antibióticos no organismo”, resume Ana Paula Esteves.

A procura de novos medicamentos para “combater” as bactérias resistentes passa pelo desenvolvimento de novas classes de antibióticos e utilização de nanomateriais, que permitem concentrar o medicamento no local da infeção.

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE