PROTESTO

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Professores da UMinho entre as centenas que assinam petição pela Palestina

Centenas de professores e investigadores universitários de todo o país já assinaram uma petição designada ‘Manifesto pelo passado, presente e futuro da Palestina. Não somos cúmplices’, dirigida às instituições de ensino superior e investigação científica. Uma dezena são docentes da Universidade do Minho.

“Nós, abaixo-assinados, docentes e investigadoras/es a trabalhar no ensino superior e na investigação em Portugal, nas diversas áreas das ciências, artes e humanidades, consideramos que a nossa consciência, os códigos deontológicos que nos regem e o conhecimento que produzimos e transmitimos nos impõem a condenação da violência que vem sendo infligida ao povo palestiniano pelo Estado de Israel”, assim começa o texto.

Entre os subscritores encontram-se Alexandre Abreu, do Instituto Superior de Economia e Gestão, André Barata, da Universidade da Beira Interior, João Rodrigues, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), João Teixeira Lopes, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e Jorge Ramos do Ó, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

O objetivo da iniciativa é levar as instituições universitárias a tomarem posição: “Em nome da nossa humanidade comum, e com base nos princípios éticos e de responsabilidade social que regem o ensino superior e a investigação científica, instamos as nossas instituições – universidades, centros de investigação e demais estruturas académicas – a tomar uma posição clara e firme de solidariedade com o povo palestiniano. O silêncio, perante tamanha violência e destruição, não é neutro: é conivente”.

Depois de recordarem a definição do crime de genocídio à luz do direito internacional humanitário (“sujeição do grupo a condições de existência ou a tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos, suscetíveis de virem a provocar a sua destruição, total ou parcial”, conforme Lei n.º 31/2004), os subscritores recusam “qualquer forma de conformismo perante a morte de dezenas de milhares de palestinianos – entre os quais se contam numerosos estudantes, professores, investigadores e trabalhadores das esferas da educação e da ciência”.

Por junto, garantem no seu texto, que não podem ser “cúmplices de invasões militares, de ocupações coloniais, de formas de discriminação sistemática, de regimes de apartheid e de práticas que configuram crimes contra a humanidade, incluindo o genocídio”.

José Manuel Pureza, da FEUC, José Soeiro, do Departamento de Sociologia da Universidade do Porto, Luís Mah, do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Manuel Loff, da FLUP, Paulo Granjo, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Miguel Vale de Almeida, do ISCTE-IUL, e Pedro Aires de Oliveira, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, também integram o conjunto dos subscritores.

As instituições distribuem-se pelo conjunto do país, como se constata com a diversificação geográfica das ligações dos subscritores, que se distribuem por universidades (Algarve, Beira Interior, Lisboa, Minho, Porto) e institutos politécnicos, exemplificados pelos de Leiria e Porto.

SUBSCRITORES DA UMINHO

Até às 16h30, a petição contava com 939 subscritores, entre eles 11 docentes da Universidade do Minho:

Carla Marques Barros Cruz, Professora

Francisco Mendes, Professor, Departamento de História 

Helena Paula Abreu de Carvalho, Professora, ICS

Joana Arantes, Professora, Escola de Psicologia

Joana de Almeida Santos Pacheco Palha, Professora, Escola de Medicina

Luís António Santos, Professor, Instituto de Ciências Sociais

Margarida Correia-Neves, Professora Catedrática, Escola de Medicina

Patrícia Maciel, Professora, Escola de Medicina

Pedro B. Albuquerque, Professor, Escola de Psicologia

Rosa Cabecinhas, Professora, Instituto de Ciências Sociais

Sara Cesariny Calafate, Investigadora, Escola de Medicina

ovilaverdense@gmail.com

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