O Parlamento Europeu aprovou esta terça-feira, em plenário, o acordo final para o regulamento que estabelece o InvestEU, programa que prevê a mobilização de mais de 400 mil milhões de euros em investimentos públicos e privados, durante os próximos sete anos.
O eurodeputado José Manuel Fernandes (PSD), co-relator e negociador do Parlamento Europeu para o InvestEU, sublinha que o programa está dotado de capacidade para provocar um efeito multiplicador sobre outros fundos europeus e recursos financeiros.
«É um programa que terá um impacto decisivo para ajudar a economia europeia a recuperar e a superar os efeitos da actual crise pandémica», atesta.
José Manuel Fernandes aponta como objectivos do InvestEU «manter os actuais postos de trabalho e, simultaneamente, criar emprego de qualidade».
O eurodeputado português enalteceu os esforços para viabilizar rapidamente o acordo entre as Instituições Europeias sobre o Regulamento, para que o InvestEU chegue imediatamente às empresas e aos cidadãos europeus.
O documento obteve 496 votos a favor, 57 contra e 144 abstenções.
MAIS RECURSOS
«Os Estados-Membros não podem desperdiçar a mais valia que o InvestEU representa para o reforço do investimento público e privado», sustenta José Manuel Fernandes, chamando a atenção para as potencialidades do programa.
Fernandes defende que o InvestEU deveria financiar «investimentos que sejam considerados importantes para Portugal, mas que não vão ser financiados pelo Portugal 2030 ou pelo Plano de Recuperação e Resiliência».
Propõe também que seja criado, a partir do InvestEU, um instrumento nacional de apoio à solvabilidade das PME. Lamenta, no entanto, que «o actual governo de António Costa não tenha ainda mostrado vontade política para que tal aconteça».
«Este é o momento de os Estrados-Membros programarem o que pretendem executar nos próximos anos. Não faltam recursos financeiros para reforçar a competitividade e a produtividade, apoiar as PME, contribuir para a coesão territorial, económica e social e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos», desafia José Manuel Fernandes.