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Projecto multicultural ‘Lugar Comum’ de Braga contou com participação de 1.500 alunos

O relatório final do projecto ‘Lugar Comum’, uma iniciativa desenvolvida pela MUSA – Associação Artística e de Intervenção Social, em parceria com o município de Braga, foi apresentado esta quinta-feira. O projecto avaliou o “impacto que o atentado aos direitos humanos tem no mundo e a fuga de refugiados e migrantes para o concelho de Braga”.

O projecto, que contou com a participação 1.500 alunos, 50 docentes e 10 seniores, deu conta da necessidade de incluir e despertar para a multiculturalidade, numa lógica de promoção do respeito pela diferença e construção de uma comunidade de paz.

A resposta a este desafio foi traduzida no objectivo de contribuir para eliminar, reverter, reduzir e limitar os impactos. Para este efeito foi materializada uma estratégia específica designada de ‘Lugar Comum’. A metodologia de intervenção preconizada suportou-se nos processos criativos participativos da comunidade educativa e que resultaram na promoção da inclusão social e estimulação da multiculturalidade.

A vereadora da Educação, Inovação e Coesão Social, que esteve presente na sessão de apresentação dos resultados, destacou “o impacto positivo” do projecto junto dos grupos de alunos que integraram as actividades.

“O projecto ‘Lugar Comum’, como o próprio nome indica, pauta-se pela reunião de grupos heterogéneos num espaço igual e comum a todos. Foi neste espaço que, em grupo, tiveram de superar alguns desafios de autoconhecimento a partir da vertente artística. Estou certa de que a heterogeneidade dos grupos envolvidos permitiu a transmissão de valores multiculturais que muito contribuíram para que continuemos a construir uma escola cada vez mais integradora e inclusiva”, referiu Carla Sepúlveda.

Considerando este projecto “muito profícuo para a valorização da multiculturalidade no espaço escola, centrado nos alunos e no desenvolvimento de competências sociais”, a vereadora defendeu que “escutar e entender quem nos rodeia é a ‘chave’ para alcançar uma integração plena”.

De salientar que em todas as fases do processo esteve patente a constituição de grupos de pessoas que integram os públicos-alvo definidos: crianças/jovens refugiados, migrantes e cidadãos de Braga. Para o efeito foram desenvolvidas oficinas de dança, artes plásticas e música em diferentes espaços de acolhimento.

Estas oficinas resultaram em pequenas performances que foram apresentadas em diversos espaços da cidade. Em paralelo, foram desenvolvidos materiais de apoio para professores, educadores e técnicos associados ao ensino formal e não formal, através de um kit designado de ‘maleta pedagógica’.

Integraram este programa os Agrupamentos de Escolas André Soares, Alberto Sampaio, D. Maria II e Maximinos; a Escola Profissional Esprominho. O projecto também foi implementado nas férias incluIR e Manobras de Verão da Bogalha (com a participação especial de um grupo de seniores do projecto Cativar).

‘Lugar Comum’ é um projecto criado e promovido pela Musa – Associação Artística e de Intervenção Social, co-financiado pelo FAMI; Alto Comissariado para Migração; SGMAI Secretaria Geral e União Europeia e com o apoio do município bracarense.

ovilaverdense@gmail.com

 

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