“Rurality for Digital Nomads”: eis o nome do projecto vencedor da 3.ª edição do “Link Me Up 1000 Ideias”, que juntou no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) oito equipas de estudantes e docentes de todas as escolas e de parceiros de empresas e organizações.
O grande objectivo do premiado projecto passa por contrariar a desertificação das zonas rurais e de montanha do Norte do país, procurando atrair nómadas digitais para trabalharem e dinamizarem esses locais.
Depois desta distinção, a iniciativa vai agora representar o Politécnico de Viana na final nacional e Mónica Simões, uma das alunas que integra a equipa vencedora da edição deste ano, revelou a importância deste projecto.
«Foi uma experiência enriquecedora. Aprendemos muito sobre o tema, mas aprendemos muito mais sobre como ultrapassar dificuldades em trabalho de equipa», revelou a aluna de Turismo do IPVC, entusiasmada com o desafio.
Através do desenvolvimento desta ideia, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a realidade das aldeias de montanha, sobretudo as do concelho de Melgaço, num contacto directo que permitiu à equipa identificar pontos fortes e menos fortes.
«Após o levantamento conseguimos identificar questões fundamentais para que estas pessoas possam considerar em mudar-se para uma aldeia de montanha», explicou Mónica Simões, referindo que «para combater a desertificação e atrair os nómadas digitais para estes territórios, será necessário que o Governo avance com legislação para beneficiar este tipo de público».
A aluna do Instituto adiantou ainda que um dos passos seguintes do projecto passa ainda pela criação de organizações nas aldeias, «que ajudem à adaptação mútua dos moradores e dos nómadas digitais».
«EXPERIÊNCIA MUITO POSITIVA»
Ao longo de todo o processo, a equipa contou com o apoio do docente-facilitador Fernando Nunes, da Escola Superior Agrária do IPVC, e do coordenador da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho, Carlos Brandão.
«Se estiverem reunidas as condições necessárias, as pessoas que podem trabalhar à distância e a partir de casa podem morar nestas aldeias, contribuindo assim para o seu desenvolvimento», apontou Fernando Nunes, classificando, em seguida, a vivência desta iniciativa.
«Foi uma experiência muito positiva a dois níveis. Permitiu-me ter contacto com mais docentes, fortalecendo o espírito de equipa, e acrescentou ainda mais valor e muita informação, que vou inclusive utilizar em contexto de sala de aula», destacou.
Com o desenvolvimento deste projecto, os estudantes Politécnico de Viana do Castelo a oportunidade para introduzir um elemento diferenciador na formação e na futura carreira, cooperando com organizações e empresas no decorrer do semestre.