A candidatura do PS por Braga às Eleições Legislativas, anunciou, na Associação Em Diálogo da Póvoa de Lanhoso, instituição que ajuda pessoas de todas as idades e que presta apoio domiciliário a idosos e doentes, a criação de modelos intermédios de auxílio à terceira idade que combine os modelos formais com os cuidados informais.
Sónia Fertuzinhos, cabeça-de-lista do PS pelo distrito de Braga às Legislativas, afirmou que a aprovação do Estatuto do Cuidador Informal, que define, entre outras medidas, um subsídio de apoio, o descanso e que prevê a sua carreira contributiva “foi uma vitória da última legislatura”.
“Mas queremos fazer mais. Há um conjunto de projectos-piloto que vão avançar para apoiar quem apoia mas é preciso assegurar a concretização plena e efectiva das medidas de apoio aos cuidadores informais previstas no respectivo estatuto”, sustentou.
Também Joaquim Barreto, deputado e líder da Distrital de Braga dos socialistas, declarou que “a criação do Estatuto do Cuidador Informal coloca o PS na vanguarda das políticas sociais”.
Já o candidato Fernando Ribeiro anunciou a intenção, inscrita no programa eleitoral, do PS de “inovar nas respostas para as questões da dependência e do isolamento, tanto em contexto urbano como rural, reforçando não apenas a rede de equipamentos e serviços já existentes, de preferência em contexto intergeracional”.
REORIENTAÇÃO DO SISTEMA DE PROTECÇÃO SOCIAL
A criação de modelos intermédios de apoio, que respeitem “a autonomia potencial das pessoas, mas garantam redes de acompanhamento, quer de proximidade, quer de contacto à distância, combinando os modelos formais com os cuidados informais”, é outra das ideias dos socialistas.
Fernando Ribeiro, lembrando que os actuais modelos de prestação de cuidados e de assistência na doença “foram concebidos para uma sociedade muito menos envelhecida do que aquela que temos hoje e vamos ter no futuro”, assim como os riscos associados ao envelhecimento, nomeadamente a dependência e o isolamento, “exigem uma capacidade de reorientação dos sistemas de protecção social”.
Estima-se que em Portugal existam entre 230 mil a 240 mil pessoas cuidadas em situação de dependência. A lei que cria o Estatuto do Cuidador Informal foi aprovada, por unanimidade, a 5 de Julho, na Assembleia da República.