O vice-presidente do PSD acusa António Costa de durante os dois dias de ‘Governo + Próximo’ ter montado em Braga um “circo mediático”, já que “não anunciou”, ao abrigo do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), nenhum “investimento relevante” para o distrito, dando como exemplo “a falha grave” da ligação da variante do Cávado e a EN101 de Braga a Vila Verde e Amares.
“Afinal o ‘Governo Mais Próximo’ tornou-se, como infelizmente era expectável, rapidamente num Governo cada vez mais afastado dos cidadãos”, lamenta, esta quinta-feira em comunicado, Paulo Cunha, o também presidente da Distrital de Braga social-democrata.
Paulo Cunha recorda um dia antes deste Conselho de ministros, tinha elencado “uma série de necessidades de urgente satisfação” para a população do distrito, destacando “o contexto de oportunidade que vivemos, considerado o ciclo de fundos comunitários (PT2020 e PT 2030), a que acrescem as verbas do PRR” razões que “nos fazem concluir estarmos perante uma oportunidade única para esta região minhota”.
A título de “oportunidade perdidas”, considera uma “falha grave”, o Governo nada dizer sobre as acessibilidades. “Nada foi referido quanto à urgente e necessária intervenção nos concelhos de Vizela e Celorico de Basto, por exemplo, que reivindicam, há muito, ligações a A11 e A7, respectivamente, para além da variante do Cávado e a EN101, bem como ‘coser’ esta zona Norte do concelho de Braga com Vila Verde e Amares.
Neste capítulo, diz ainda que o Governo “tem feito ‘orelhas moucas’” às “justíssimas reivindicações dos autarcas e dos cidadãos pela conclusão das circulares urbanas de Guimarães, VN de Famalicão e Barcelos e ainda pelos seis quilómetros que faltam para concluir a variante do Tâmega que serve Celorico e Cabeceiras de Basto”.
FUGIR DE LISBOA
“Eu percebo que António Costa tinha que fugir de Lisboa para tentar fazer esquecer a crise que paira sobre o seu Governo. Mas falhou! O distrito de Braga não serve de abrigo aos que procuram um refúgio para as infantilidades a que temos assistido e António Costa só veio a Braga para maquilhar que tudo está bem em São Bento”, observa Paulo Cunha, acrescentando que “esta caravana governativa” – que “melhor teria sido ficado pelo Terreiro do Paço”, em vez ter – “como ficou”, mais” uma vez, cara ao erário público”.
O ‘vice’ do PSD afirma que a agenda do Governo “foi cirurgicamente preparada, na tentativa de fugir às contestações populares, o que não conseguiu”.
“Então o que fez António Costa durantes estes dois dias no distrito de Braga”, interroga Paulo Cunha, que responde: “almoços, inaugurações, passeios, visitas a exposições e palestras individualizadas”.
“O que anunciou António Costa para o distrito de Braga sobre uma série de investimentos e de obras necessárias, em áreas como a saúde, o ambiente, a educação, a segurança, a cultura, a área social, a descentralização e as acessibilidades? Nada.”
HOSPITAIS
A título de exemplo, Paulo Cunha aponta que Manuel Pizarro “limitou-se a visitar o Hospital de Braga sem, contudo, justificar que, devido à falta de condições a todos os níveis, esta unidade de saúde foi obrigada a pagar recentemente mais de 14 milhões de euros aos privados e à Santa Casa da Misericórdia para que fossem efectuadas cirurgias, impossíveis de efectuar no Hospital”.
“E o novo Hospital de Barcelos, as intervenções nas unidades hospitalares de Guimarães, Famalicão ou Fafe, há muito reclamadas pelas populações destes concelhos, assim como os cuidados de saúde primários e os cuidados continuados não merecem por parte de António Costa e do PS nenhuma consideração”, interroga de novo Paulo Cunha.
“Recordo que o Governo tem feito “orelhas moucas” às justíssimas reivindicações dos autarcas e dos cidadãos pela conclusão das circulares urbanas de Guimarães, VN de Famalicão e Barcelos e ainda pelos seis quilómetros que faltam para concluir a variante do Tâmega que serve Celorico e Cabeceiras de Basto “, alerta.
Paulo Cunha sublinha, a finalizar o longo comunicado, que Costa se “aproveitou de Braga, para se refugiar e aos seus governantes da crise “Galamba, de Lisboa, já que o PRR foi uma desculpa, para esta deslocação ao Minho, uma vez que nada disse à população do distrito de Braga sobre investimentos, que tanto aspiram, na área da Educação, Ambiente, Cultura, Segurança, Acção Social ou mesmo sobre a Descentralização”.