LEGISLATIVAS

LEGISLATIVAS -

PSD avança com proposta para rede gratuita de creches e jardins de infância

O líder da candidatura do PSD pelo distrito de Braga, André Coelho Lima, assumiu esta sexta-feira que o partido pretende que as crianças até aos seis anos de idade deixem de ser a única faixa etária sem acesso gratuito a respostas sociais, considerando que «é uma emergência resolver esta falha do Estado».

Num encontro com a União Distrital das IPSS para auscultar as preocupações e os problemas do sector social, André Coelho Lima sublinhou que «os apoios sociais, e designadamente à natalidade e à infância, têm de ser efectivos e sentidos de forma real na vida das famílias».

Para isso, o PSD quer criar uma rede nacional de creches e jardins de infância tendencialmente gratuitos, dos 6 meses aos 5 anos, mobilizando as ofertas social, pública e privada, para que «as crianças tenham acesso a cuidados e educação desde a primeira infância com qualidade».

«Não se compreende que só depois do pré-escolar seja possível aceder a escola e serviços sociais gratuitos. Pode até tornar-se mais caro ter uma criança numa creche do que um filho na universidade», denunciou André Coelho Lima, numa iniciativa em que esteve acompanhado pelos deputados Firmino Marques e Carlos Eduardo Reis.

As medidas propostas pelo PSD para apoio à infância e à natalidade incluem ainda o alargamento do abono de família pré-natal e a majoração em 50% para o segundo filho e de 100% para terceiro e seguintes, assim como diferenciação positiva para famílias do interior do país. Outra proposta é aumentar a licença parental de 20 para 26 semanas a partir do segundo filho.

ACTUALIZAR COMPARTICIPAÇÕES

Na reunião em que a União Distrital das IPSS se fez representar pelo presidente Roberto Rosmaninho e pelo vice-presidente Jorge Pereira, a comitiva social-democrata defendeu a responsabilização do Estado como «parceiro sério» na relação com as instituições de solidariedade social.

«As IPSS e todo o sector social são insubstituíveis e, sem elas, o Estado não tem como cumprir as suas próprias obrigações sociais», assumiu Coelho Lima, lamentando que «o Governo PS seja o principal responsável pela degradação financeira das instituições sociais, a par dos entraves no acesso a apoios e investimentos de requalificação e modernização de equipamentos».

O cabeça de lista do PSD reconheceu a necessidade de actualizar as comparticipações do Estado, «que baixaram de uma média geral de 50% para 38% dos custos por utente, o que cria dificuldades acrescidas nas respostas sociais, designadamente para a terceira idade e pessoas com deficiência».

Vincando a preocupação dos responsáveis social-democratas em encontrar soluções para a sustentabilidade e reforço dos incentivos à melhoria dos serviços, André Coelho Lima manifestou-se ainda a favor da redução das taxas de IVA para obras em empreendimento com funções sociais.

«O programa do PSD consagra ainda uma atenção especial aos trabalhadores das IPSS e das Misericórdias, aumentando a atractividade das profissões relacionadas com a prestação de serviços sociais, seja pela valorização e qualificação profissional, seja pelo reforço dos mecanismos de protecção social dos trabalhadores destas instituições», frisou.

A par do reconhecimento quanto à necessidade do reforço do apoio domiciliário, no programa consta ainda, expressamente, «a revisão e aumento da comparticipação do Estado nas despesas correntes dos utentes, actualizando os acordos de cooperação em linha com aumento do custo da prestação dos serviços».

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE