CRIME (Justiça):

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PSP entre os dez do gangue acusado pelos assaltos a Névoa, Delfym Júnior e banco Santander

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TÓPICOS

O Ministério Público (MP) de Guimarães acusou um gangue, com dez membros, que fez uma dezena de assaltos a residências em Braga e na região do Minho e ao banco Santander, na Avenida Central, em Braga.

O MP avalia que, em dinheiro e bens, terão sido furtados 4,7 milhões de euros. Sem contabilizar a moeda estrangeira. Só no banco levaram 2,6 milhões em dinheiro e 400 peças guardadas em 52 cofres.

Ao todo, quatro milhões. De entre os lesados, com casas assaltadas e carros furtados, estão, também, o empresário Domingos Névoa, o cantor limiano Delfim Júnior, e o médico e antigo atleta do Sporting de Braga, Romeu  Maia.

A investigação foi da GNR e da PJ do Porto.

O MP considera que o mentor da “associação criminosa” é o arguido Joaquim Marques Fernandes (de Priscos, Braga) o qual terá  criado o  gangue em parceria com Vítor Manuel Martins Pereira (de Vila do Conde), Luís Miguel Martins de Almeida (de Braga) e Rui Jorge Dias  Fernandes (Braga). Os quatro estão em prisão preventiva.

Oito dos nove arguidos estão acusados de associação criminosa e de furto qualificado, havendo uma mulher, companheira de um deles, que apenas  terá praticado o de furto.

O caso envolve o agente da PSP Carlos Alberto Alfaia da Silva, na altura em Ponte de Lima, que dava informações, a troco de dinheiro, sobre quais as casas a assaltar. A acusação dispõe de sms’s e mensagens gravadas com o agente policial a confessar os crimes.

GANGUE
O gangue engloba, ainda, Paulo Sérgio Martins Pereira,  (irmão do  Vítor), de Famalicão, Mário Marques Fernandes, de Braga, Cristiana Martins Guimarães, de Braga, André Filipe Pereira, de Famalicão, e Manuel Oliveira Faria, de Braga.

Terá atuado “pelo menos desde 2017 e até Junho de 2018 em Braga, Viana  do Castelo, Ponte de Lima e Arcos de Valdevez”.

Utilizava recursos tecnológicos sofisticados para praticar os assaltos, como inibidores  de telecomunicaçõe e de alarmes, gps’s, clonadores de chaves eletrónicas de automóveis e até instrumentos para neutralizar e afastar cães de guarda.

O gangue – diz a acusação – escolhia casas de pessoas da classe média alta – onde estroncavam fechaduras – e estudavam os hábitos dos seus proprietários. Usavam sete viaturas, algumas com matrículas falsas e uma de matrícula espanhola.

O resultado dos assaltos, feitos de noite, passavam pela casa de José Rodrigues Ribeiro, em Mire de Tibães,  Braga. Os objetos, dinheiro, ouro, roupa, informática, e obras de arte eram transportados para casa de um deles e divididos de imediato. No dia seguinte, iam pagar
dívidas e depositar dinheiro em bancos.

NA AREOSA
O segundo furto foi a uma residência na Areosa, em Viana do Castelo, (de onde nada levaram, mas onde pensavam que havia 2500 euros em dinheiro) depois outra em Tenões, Braga. Em 2018, «fizeram» uma no Areal de Cima, em Braga e a Quinta da Carcaveira, em Ponte de Lima.

Seguiu-se uma casa em Braga, com 30 quadros valiosos, que, mais tarde, a mãe de um dos criminosos foi entregar à PJ. Para guardar os objetos alugaram um armazém em Barcelos, terra onde não eram conhecidos.

CANTOR E EMPRESÁRIO

Em abril foram a casa do cantor Delfim Júnior, nos Arcos de Valdevez.

Trouxeram 190 mil em notas e várias outras estrangeiras. Levaram, ao todo, 230 mil. Antes, em 2015, haviam ido a casa de Domingos Névoa, em Tenões, Braga. Outra vítima foi o médico Romeu Maia Barbosa, ex-atleta e diretor clínico do Sporting de Braga. O bando começou por lhe furtar um BMW. Depois assaltaram-lhe a casa, levando dezenas de produtos.

NA CASA DE NÉVOA

Da garagem do conhecido empresário Domingos Névoa levaram um Mercedes de 65 mil euros, pertença do genro, e várias peças de ouro, de roupa e de artefactos de viagem. Dias depois do assalto à vivenda, em Tenões, à saída de Braga para o Bom Jesus, a filha do empresário encontrou uma mulher na farmácia Pipa, com uma mala de mão, da marca Luís Vuiton, antes personalizada com as iniciais do seu nome, quando comprada em Itália. Abordada a propósito, descartou-se e saiu, apressada.

No facebook, a vítima encontrou fotos dela com a sua carteira. Dias depois, a mulher tentou rasurar as iniciais na mala. A vítima foi à PJ denunciar o caso.

POLÍCIA DEU DICAS SOBRE CASA DE  De DELFIM JÚNIOR
Os arguidos Joaquim Fernandes e Rui Fernandes, foram a casa do cantor Delfim Júnior, com indicações do agente da PSP Carlos Alfaia, que era músico nas horas livres, e – diz o MP -”tinha informações privilegiadas relativamente aos donos da casa”, com quem convivia.

Furtaram-lhe 230 mil euros, 190 mil dos quais em dinheiro que estava escondido na habitação.

O polícia foi apanhado em escutas, numa delas porque se descuidou, e após ter feito uma chamada telefónica, continuou a falar, esquecendo-se de a desligar. A chamada entrou em gravação e nela ouve-se o PSP a contar a sua participação nos crimess.Num dos sms dá os parabéns pelo bom resultado do assalto e noutro pergunta quando é que lhe dão a respetiva “prenda”.

Luís Moreira (CP 8078)

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