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Quando os jovens dão o exemplo

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Por Luís Sousa

É frequente ouvirmos as gerações mais velhas falarem dos mais jovens como uma geração pouco desenrascada. Esta ideia talvez encontre fundamento no facto dos nossos pais e avós, por força das circunstâncias sociais do seu tempo, terem tido a necessidade de se fazer à vida mais cedo, muitas vezes até, de forma demasiado precoce.

O meu avô contava que deixou o conforto do colo da mãe aos 11 anos e abalou sozinho para Lisboa à procura de sustento, numa época em que o trabalho infantil era, infelizmente, ainda, uma banalidade. Nas últimas décadas, a sociedade mudou, na maioria dos aspetos, para melhor e, por isso, hoje tudo acontece mais tarde na vida das novas gerações.

Presumo que este contraste entre as diferentes gerações na forma e no timing como conquistam a sua autonomia seja um dos motivos que mais contribui para a forma mais ou menos positiva como uma geração vê a outra.

Este introito serve de pretexto para, em contraponto com uma visão menos positiva que alguns podem ter sobre o papel da juventude na sociedade de hoje, enaltecer o Grupo de Jovens de Vilarinho pelo dinamismo que têm demonstrado no vasto conjunto de atividades que têm desenvolvido na freguesia e que, fruto do impacto que as novas tecnologias têm na difusão das mensagens e da informação, até tem extravasado as fronteiras da freguesia.

Em primeiro lugar, realço o facto de estarmos perante um grupo de jovens católicos que se assumem como tal, num tempo em que nós sabemos, as gerações mais novas (e mais velhas também) nem sempre têm a capacidade para assumir ideais desta natureza. Talvez por fruto de pressões de grupo, medo de rejeição. Vivemos numa sociedade em que muitos se deixam amordaçar para deixarem de serem quem são e serem aquilo que os outros esperam que sejam.

Sob o mote “Combater o Bicho Juntos”, o Grupo de Jovens de Vilarinho trouxe-nos até às nossas casas diferentes olhares e perspetivas sobre a pandemia que vivemos; reflexões do Padre Miguel e do Padre Rui Sousa; convidaram dois jovens de sucesso para nos falarem de empreendedorismo jovem e segurança digital; proporcionaram-nos a vivência da Paixão do Senhor através de uma estreita colaboração com a Confraria dos Santos Passos de Vilarinho, revivendo as celebrações dos Passos de Vilarinho através dos meios digitais; transmitiram um workshop de culinária; organizaram uma festa de Carnaval online; partilham reflexões sobre vários temas como a solidariedade e também não esqueceram de lembrar o Dia do Pai; tudo isto sempre estimulando
o envolvimento da comunidade, inclusive das crianças e suas famílias.

Numa altura de pandemia seria perfeitamente natural, e até compreensível, que o Grupo de Jovens entrasse num período de latência à espera de melhores dias. Mas este grupo não se resignou perante as circunstâncias.

O seu papel tem passado por informar e esclarecer a comunidade em várias temáticas, nomeadamente, no contexto da Covid-19; contribuir para mais educação para a saúde, proporcionando ferramentas à população para mais literacia em saúde; estimular a reflexão e o pensamento crítico; contribuir para a Evangelização; não abdicando, também, de nos proporcionar momentos de entretenimento e lazer com temas mais ligeiros.

Há que louvar os jovens que tomam estas iniciativas de uma forma tão genuína, deixando o conforto do sofá e pondo mãos à obra, servindo a sua/nossa comunidade. Por trás de tudo isto está, seguramente, muito trabalho e muitas horas perdidas na idealização das várias atividades e na preparação e organização das várias sessões, entrevistas e encontros.

Obrigado pelo vosso dinamismo. Continuem!

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