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Quase 4% da população consome sedativos sem controlo médico

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Quase 4% da população toma sedativos sem controlo por parte de um médico, havendo casos de obtenção de medicamentos sem receita, consumo de doses excessivas ou por mais tempo do que o prescrito, revela um estudo divulgado esta quarta-feira.

“Entre a população geral, 3,9% admitiram ter um uso não controlado por um médico de medicamentos sedativos ao longo da vida”, indica o relatório final do V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Geral, Portugal 2022, divulgado pelo Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD).

O estudo, que dedica um capítulo aos medicamentos, mostra que o mais habitual são os casos em que as pessoas usam sedativos sem receita médica (38%), seguindo-se os consumos de doses maiores que as prescritas (29%).

“Cerca de 21% usaram por períodos mais longos que os prescritos e 11% para finalidades diferentes das prescritas”, lê-se ainda no estudo que tem por base entrevistas realizadas entre Setembro de 2021 e Novembro de 2022 a pessoas entre os 15 e os 74 anos de idade.

Os inquiridos apontaram como motivos para tomar medicamentos sedativos o facto de estes os ajudarem a relaxar, mas também por estarem doentes ou com depressão.

No estudo também aparecem casos em que os inquiridos admitiram recorrer aos sedativos para tentar esquecer problemas ou procurar um estado de alegria.

Mas, em Portugal a grande maioria da população (86%) é abstinente do consumo de medicamentos sedativos, chegando esta percentagem aos 91% no caso dos homens.

Na população dos 15 aos 64 anos, a prevalência de consumo foi de 13%, mantendo-se próxima dos valores registados no estudo anterior, de 2017 (12,1%).

Os sedativos são a terceira substância psicoactiva com maior expressão, depois do álcool e do tabaco.

Contrariamente ao álcool e ao tabaco, o consumo de sedativos é mais habitual entre o sexo feminino: em 2022 afectava 16,9% das mulheres contra 9% dos homens.

O relatório apresenta também um capitulo sobre o tabaco, cujo consumo aumentou entre 2017 e 2022, passando de 48,8% para 51%.

Tal como acontece com o álcool, é também aos 16 anos que os mais jovens dizem ter começado a fumar.

A curiosidade e vontade de experimentar e a influência dos amigos são alguns dos motivos para experimentar, sendo que também houve quem apontasse como razão estar numa festa ou num outro momento festivo.

O relatório final divulgado esta quarta-feira revela ainda que três em cada quatro pessoas (75,8%) consumiram álcool ao longo da vida em Portugal e que um quarto da população geral é abstinente.

O inquérito foi realizado pelo CICS.NOVA – Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) para o SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, na sequência dos estudos realizados em 2001, 2007, 2012 e 2017.

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