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Redes sociais dos Jogos Olímpicos proibidas de mostrar protestos dos atletas

A abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio é apenas na sexta-feira, mas as primeiras competições já começaram. É o caso do futebol feminino, onde houve manifestações pelos Direitos Humanos.

Foram vários os jogos onde as jogadoras se ajoelharam antes do início da partida. Um gesto a favor da igualdade e contra a discriminação racial.

Um protesto que lembra os punhos erguidos de dois medalhados norte-americanos, nas olimpíadas de 1968, no México. Um momento que ainda hoje perdura na memória dos Jogos Olímpicos e que, mais de 50 anos depois, a organização dos jogos de Tóquio, não quer que se repita.

A notícia foi avançada, esta quarta-feira, pelo jornal britânico Guardian. O Comité Olímpico Internacional e os organizadores nipónicos proibiram os responsáveis pelas redes sociais dos Jogos Olímpicos de publicarem fotografias com os atletas ajoelhados.

Uma decisão que o jornal afirma estar a ser recebida com surpresa por parte de pessoas ligadas ao caso. Ainda recentemente o Comité Olímpico Internacional optou por “suavizar” a Regra 50, que antes proibida os atletas de realizarem qualquer tipo de “manifestação política, religiosa ou racial”.

É, aliás, o relaxar dessa regra que permite aos atletas olímpicos se ajoelharem pelos Direitos Humanos e não serem castigados por causa disso.

Graças aos fotógrafos de meios de comunicação social é possível ver que esse gesto foi feito antes do jogo entre as selecções do Chile e do Reino Unido.

O mesmo se passou antes do início da partida entre os Estados Unidos e a Suécia, no entanto, nas redes sociais dos Jogos Olímpicos, é como se nunca tivesse acontecido.

 

Legenda: Jogadores da selecção norte-americana de futebol num gesto contra o racismo/AFP

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