A Rede Elétrica Nacional (REN) continua a negociar propriedades para concretizar a linha de alta tensão Ponte de Lima-Fontefria (Galiza), que abrange os concelhos de Vila Verde, no distrito de Braga, e Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Monção e Melgaço, no distrito de Viana do Castelo. O deputado social-democrata Carlos Cação pede a intervenção do Governo: «Haja bom-senso e respeito pelas populações e pelas instituições locais».
Numa interpelação no parlamento dirigida à ministra do Ambiente e Energia, começa por lembrar que é um processo «herdado em estado muito avançado e sabíamos que seria muito difícil a reversão».
Lembra, contudo, que a REN «mostrou-se disponível para definir connosco, no terreno, o melhor traçado e contrapartidas». No entanto, nota que – apesar das decisões favoráveis às providências cautelares de alguns municípios do Alto-Minho – é inaceitável que a REN tenha iniciado os trabalhos sem que tenha escutado as instituições locais, como se tinha comprometido».
De resto, vinca que, «neste momento, desconhecemos as contrapartidas para o território. Os proprietários nem sabem quanto vão receber em contrapartida pelo uso das propriedades, que – muitas delas – já estão a ser utilizadas».
Lança, assim, um apelo à ministra: «o que pretende fazer para que este projeto se concretize com bom-senso e com respeito pelas populações e pelas instituições locais? E, sobretudo, se vai permitir que este processo avance sem que seja acautelada a defesa do património e do interesse das populações e deste território?».
Reata: «É preciso dizer à REN que este governo não é igual ao do PS. Nós colocamos as pessoas em primeiro lugar e no centro da decisão política».
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