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Restauração minhota “não aguenta mais”. E pede fim do encerramento às 22h30

O sector da restauração “não aguenta mais”. A URMinho- União de Restaurantes do Minho escreveu uma carta aberta ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro e ao Parlamento, defendendo “a necessidade, e urgência máxima, do termo do encerramento dos estabelecimentos às 22:30”.

A associação considera que “já ficou demonstrado que não há, ao dia de hoje, uma base científica que apoie tais medidas”.

“Não há nada, mas mesmo nada, em estudo algum que diga que, depois dessa hora, existe maior propagação do vírus”, dizem os operadores do sector, numa missiva onde pedem audiências.

Para a URMinho, “é urgente parar com estas medidas avulsas”.

“É tempo de o governo admitir que falhou e, juntos, recuperarmos o tempo perdido. A restauração não aguenta mais o que lhe estão a fazer”, aponta.

A associação sustenta que, “antes de tudo, é premente o levantamento de medidas avulsas como as que nos são impostas aos fins-de-semana”.

“Queremos realçar que nós, restauradores, não somos agentes fiscalizadores. Não devemos, assim, fazer o trabalho do governo. Porque se o somos, da mesma forma que nos exigem para controlar as entradas dos clientes em função de testes negativos ou certificados, dever-nos-iam consultar, também, pelas medidas que levam a injecções de capitais públicos em empresas privadas como a TAP”, aponta.

A DEZ MINUTOS DE UM VIZINHO

E, prosseguindo, acentua: “O Minho tem uma área enorme, com vários municípios, mas em 10 ou 15 minutos consegue-se estar em concelhos vizinhos onde se pode estar até à 01:00 da manhã, a desfrutar de uma refeição e sem testes. A pergunta que se impõe é esta: o que acham que fazem os clientes que vivem em áreas com maiores restrições? Não podemos, por uma questão de livre concorrência, permitir este atentado. Em suma, o que se pede é bom senso e que se olhe para um sector que está de rastos, com famílias endividadas”.

E a concluir: “Não, não se trata de nos verem como mendigos sempre a pedir apoios, mas sim como portugueses que não viram, a cada dia que passa, as costas a mais uma batalha, pois estamos a lutar pelas nossas vidas, em todos os sentidos. A restauração, pelos vistos, não é inimiga da pandemia, mas sim do nosso governo, o seu bode expiatório, pelo menos. É isto que nos têm feito, somos tratados como empresários de uma categoria inferior”.

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