Cerca de 150 restaurantes de Braga, que se associaram na URBAC19 – União de Restaurantes de Apoio ao Covid, promovem, a 6 de Maio, um protesto de rua, no centro histórico, “contra as medidas inócuas” propostas para o sector.
A ‘manif’ envolve uma exposição de mesas na rua, e outra, no cemitério, de ‘cadáveres’ – feitos de sacos de lixo – e de espantalhos, simbolizando “o sentimento de derrota e de morte que se vive no ramo”. A acção termina com uma entrega de chaves ao município.
De acordo com Albino Fernandes, do Colinatrum/Café, que tem nove funcionários, a URBAC é um movimento cívico espontâneo que reúne cerca de centena e meia de restaurantes da cidade, e representa perto de mil e quinhentos postos de trabalho nesta região.
Procurando dar “rosto à nossa luta, à nossa união”, – dizem – “para que não sejamos trucidados por esta pandemia e as medidas inócuas que nos propõem, entendemos que a nossa realidade deveria vir para a rua. Assim levaremos a cabo três iniciativas simbólicas no dia 6 de Maio, todas na Praça do Município da cidade de Braga”, adianta a URBAC.
A primeira acção chama-se ‘Restaurantes na Rua’ e “compõe-se de uma exposição de mesas de todos os restaurantes aderentes separadas pela distância referida no nosso manual de procedimentos”.
A segunda, intitulada, ‘Acção Cemitério dos Restaurantes’ será uma mostra simbólica de ‘cadáveres’ e espantalhos, demonstrando “o sentimento de derrota e morte anunciada ao sector”.
O terceiro ‘capítulo’ do protesto é o da entrega simbólica das chaves dos restaurantes, “demonstrando impotência e vontade de deixar nas mãos dos governantes, a responsabilidade do cumprimento das nossas obrigações como efectuado com todas as empresas nacionalizadas”. Estarão presentes o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, que receberá as “nossas” chaves e Luís Pedro Martins, presidente de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).